Aberta a caça aos cristãos

Mais Lidos

  • A rocha que sangra: Francisco, a recusa à OTAN e a geopolítica da fragilidade (2013–2025). Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • Niceia 1.700 anos: um desafio. Artigo de Eduardo Hoornaert

    LER MAIS
  • Congresso arma pior retrocesso ambiental da história logo após COP30

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

04 Novembro 2010

Quarenta e seis católicos foram mortos domingo numa igreja de Bagdá, depois de um ataque suicida organizado pela Al-Qaeda. Não é a primeira vez que comunidades cristãs são massacradas por membros delirantes do Islã. O antigo ditador Saddam Hussein era uma personagem abjeta, mas protegia as minorias cristãs no Iraque. Após seu desaparecimento, está aberta a "caça aos cristãos".

O exemplo do Iraque é o mais dramático, mas a mesma rejeição aos cristãos se observa em toda a região, do Egito ao Irã. Por toda parte, a pregação islâmica se espalha e obriga igrejas cristãs a encolherem e, às vezes, se exilarem.

A rejeição do cristianismo no lugar onde ele nasceu não é de agora. Antes mesmo de se falar de "islamismo", o recuo dos cristãos havia aumentado. Há 45 anos, o papa Paulo VI havia pronunciado estas frases proféticas: "Os lugares santos vão se transformar em museus, após o desaparecimento dos cristãos." O Iraque perdeu, ao que parece, a metade de seus cristãos nos últimos 20 anos. No Egito, estima-se que nos últimos dez anos, 1,5 milhão de coptas (cristãos) emigraram para EUA e Canadá. Líbano e cidades palestinas também perdem seus cristãos.

Embora as estatísticas sejam fluidas e incertas, falseadas pela propaganda de uns ou de outros, os demógrafos estimam que em um século a proporção de cristãos no Oriente Médio passou de 15% para 3% das populações locais.

(cfr. notícia do dia 04/11/10, desta página).