Fera. Carlos Drummond de Andrade na oração inter-religiosa desta semana

Foto: Pixabay

15 Novembro 2025

Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Por meio de orações, músicas e versos de diferentes espiritualidades e religiões, mergulhamos no Mistério que são a absoluta transcendência e a absoluta proximidade.

Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira, teólogo e colaborador do Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

 

Fera

 

Às vezes o tigre em mim se demonstra cruel
como é próprio da espécie.
Outras, cochila

ou se enrosca em afago emoliente
mas sempre tigre; disfarçado.

 

Carlos Drummond de Andrade

(Livro: Farewell - 1996)

 

Carlos Drumond de Andrade (Foto: Reprodução - www.bpp.pr.gov.br)

Carlos Drummond de Andrade (1902 - 1987): Poeta, contista e cronista mineiro, radicado no Rio de Janeiro, é visto como um dos expoentes da segunda geração do Modernismo brasileiro. Suas palavras traduzem a visão de um individualista comprometido com a realidade social. Além disso, Drummond tematizava a vida e os fatos cotidianos que, ora, focalizava os indivíduos, os amigos, a família, ora o questionamento da existência e da poesia. Trabalhou em vários jornais, entre eles, Correio Manhã e Jornal do Brasil, onde atuou como cronista.  Dono de vasta obra literária, que conta também com textos da literatura infantil, é autor, entre outros: Alguma Poesia (1930), Sentimento do Mundo (1940), A Rosa do Povo (1945), Claro Enigma (1951), Poemas (1959), Lição de Coisas (1962), Boitempo (1968), e Corpo (1984). 

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