04 Julho 2024
Depois de causar destruição e mortes em Granada e São Vicente, o furacão caiu para a categoria 4 de força e se aproxima da Jamaica.
A informação é publicada por ClimaInfo, 04-07-2024.
A Jamaica se prepara para a chegada do furacão Beryl. O país caribenho recebeu ontem (3/7) as primeiras rajadas de vento da tempestade, mas deve sofrer o maior impacto nesta 5ª feira (4). A expectativa é de que Beryl perca ainda mais força, mas siga como furacão no noroeste do Caribe.
Beryl já conta com um recorde para chamar de seu – é o furacão de categoria 5 que se formou mais cedo na temporada de tempestades do Atlântico Central até hoje. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), os níveis extremamente altos de calor no oceano explicam essa antecipação. As temperaturas oceânicas atuais no Caribe estão próximas do que se costuma registrar em setembro, no auge da temporada, e têm experimentado recordes sucessivos de calor nos últimos 14 meses. A temperatura preocupa meteorologistas, que já sinalizam a possibilidade de uma temporada de tempestades mais potente do que o normal neste ano.
“Precisamos estar especialmente vigilantes devido ao calor quase recorde do oceano na região onde os furacões do Atlântico se formam e à mudança para as condições do La Niña, que juntos criam as condições para mais formação de tempestades”, destacou Ko Barrett, secretário-geral adjunto da OMM.
A Bloomberg destacou o “teste de fogo” das autoridades jamaicanas com o Beryl. Este será o primeiro furacão desde que o país iniciou uma nova estratégia de preparação de desastres climáticos, estimada em US$ 1,6 bilhão. O governo tem apostado em investimentos financeiros e apólices de seguro para garantir a disponibilidade de recursos na eventualidade de um desastre.
“Nós nos colocamos em uma posição em que não precisamos ficar lutando após um desastre natural para descobrir de onde virão os recursos”, disse Nigel Clarke, ministro de finanças e serviços públicos da Jamaica. “Nossa esperança é que não precisemos disso e que esses instrumentos não sejam acionados.”
Já o Financial Times abordou a expectativa das seguradoras com as perdas potenciais que a temporada 2024 de furacões pode causar. “[Há] todos os indícios de que esta será uma temporada intensa de furacões que provavelmente quebrará mais recordes”, disse Robert Muir-Wood, diretor de pesquisa da Moody’s.
Associated Press, BBC, CBS News, NY Times e Washington Post, entre outros, acompanharam a aproximação de Beryl da Jamaica e os impactos do furacão no Caribe.
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Furacão Beryl é sinal de temporada “muito perigosa” em 2024, alerta Organização Meteorológica Mundial - Instituto Humanitas Unisinos - IHU