24 Março 2023
O Banco Central manteve os juros a 13,75%. Óbvio. Claro. Percebeu que os reclamos e gritos oficiais não eram para valer. Bravatas para a plateia.
O comentário é de Gilberto Maringoni, jornalista e cartunista, doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP), publicado por Diário Centro do Mundo - DCM, 22-03-2023.
Em três oportunidades, a administração petista mostrou que não mordia:
A - Decidiu sequer pautar a elevação da meta de inflação na reunião do Conselho Monetário Nacional. A elevação seria um dos argumentos que poderiam justificar a queda da selic;
B - Desautorizou publicamente – com BB, com Caixa, com tudo – o ministro Carlos Lupi e o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) que decidiram reduzir as taxas para empréstimos consignados de 2,14% para 1,70% e
C - Nomeou para as diretorias do BC dois economistas neoliberais, um deles eleitor do Novo. Óbvio, são “técnicos”. Óbvio.
O mercado percebeu: o governo tem medo de usar os dentes.
Derrota de Lula, derrota de Haddad. E agora? Vão xingar mais o presidente do BC? Vai ser para valer? Vai colar?
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Juros: BC desafia bravatas. E agora? Crônica de Gilberto Maringoni - Instituto Humanitas Unisinos - IHU