Cardeal Marc Ouellet, acusado de agressão sexual quando era arcebispo de Quebec

Marc Ouellet (Foto: Vatican News)

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17 Agosto 2022

 

Seu nome aparece em uma lista divulgada como parte de um processo contra todas as agressões sexuais supostamente cometidas por pessoas sob a autoridade da diocese de Quebec desde 1940.

 

O cardeal Ouellet é de longe a pessoa mais conhecida e de mais alto escalão nesta lista. Ele não enfrenta acusações criminais O autor, cuja identidade se resume com a letra “F” nos documentos, foi agente pastoral entre 2008 e 2010, quando os fatos supostamente ocorreram, em atos públicos

 

A denúncia contra ele foi encaminhada diretamente ao Vaticano em janeiro de 2021, onde foi atribuída ao padre Jacques Servais, teólogo encarregado de investigar o assunto. Um ano e meio depois, ele ainda não foi informado de suas descobertas

 

A informação é publicada por Religión Digital, 16-08-2022.

 

O nome do homem forte do Vaticano, candidato a sucessor do Papa Francisco, aparece em uma lista divulgada como parte de uma ação coletiva contra todas as agressões sexuais supostamente cometidas por pessoas sob a autoridade da diocese de Quebec desde 1940. É a primeira vez que o nome de Marc Ouellet aparece neste procedimento, e ele se junta aos cerca de 80 membros do clero que estão na mira da petição, a maioria deles padres, para casos que geralmente remontam aos anos 50 e 60 e que atingem mais de uma centena de vítimas, a maioria menores na época dos fatos, segundo a Rádio Canadá.

 

"O cardeal Ouellet é, de longe, a pessoa mais conhecida e de mais alto escalão desta lista. Ele não enfrenta nenhuma acusação criminal. No seu caso, a autora, cuja identidade está resumida nos documentos com a letra "F", foi realizando estágios como agente pastoral entre 2008 e 2010, quando os fatos supostamente ocorreram, em atos públicos. Segundo as referidas informações, com base na versão do demandante, "em várias ocasiões, o Cardeal Ouellet a abraçou, massageou seus ombros ou acariciou vigorosamente suas costas "até onde suas nádegas se encontram", cada vez causando profundo desconforto. "Eu me sentia perseguida. Foi ficando mais invasivo, mais intenso, a ponto de eu começar a parar de ir aos eventos, para tentar evitar ao máximo estar na presença dele."

 

O advogado Alain Arsenault, que representa os queixosos, lembra que o cardeal Ouellet era o arcebispo e chefe da diocese, e que acabou dando a última palavra sobre a contratação de agentes pastorais. Cardeal Ouellet: Embora os atos de que é acusado pareçam fisicamente menos graves do que em outros casos citados na petição, seu impacto e as consequências que causaram são igualmente importantes, segundo Arsenault. "É difícil imaginar que uma pessoa de sua inteligência, na posição em que está, não pudesse saber o que estava fazendo e as consequências que isso poderia ter.

 

De acordo com o pedido, foi dez anos depois, após uma difícil experiência com outro padre da diocese, que "F" decidiu denunciar os fatos à comissão consultiva de abuso sexual da diocese de Quebec, embora sem identificar os padres. A denúncia contra ele foi encaminhada diretamente ao Vaticano em janeiro de 2021, onde foi atribuída ao padre Jacques Servais, teólogo encarregado de investigar o assunto, segundo a Rádio Canadá.

 

"Foi realizada uma reunião por videoconferência com o emissário do Vaticano. Um ano e meio depois, ele ainda não foi informado de suas conclusões." “Isso contribui para vitimizar ainda mais a pessoa”, diz o advogado Alain Arsenault e foi o que finalmente motivou a jovem a ingressar na ação coletiva.

 

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