13 Junho 2022
Não vim ao mundo com conhecimento inato, admiro os antigos e me esforço para penetrar seu sentido.
O comentário é do cardeal italiano Gianfranco Ravasi, prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, em artigo publicado por Il Sole 24 Ore, 12-06-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.
Nascido na cidade de Qufu, no nordeste da China, aparentemente em 551 a.C. e falecido em 479 a.C., Confúcio é uma espécie de estandarte da cultura, da espiritualidade e da ética chinesas. Uma bandeira que foi arrastada na lama pelos Guardas Vermelhos da Revolução Cultural nos anos 1966-76, que chegaram a explodir seu túmulo com dinamite. No entanto, voltou em voga no período histórico expansivo desta nova superpotência que apareceu no cenário internacional. No entanto, ele não é muito mencionado em seus Diálogos ou nos vários textos que lhe são atribuídos.
Escolhemos esse fragmento porque exalta um tema necessário até mesmo em nossos dias, esquecidos das próprias raízes culturais clássicas e cristãs. Indiretamente Confúcio configura um elogio do estudo, um tema frequentemente retomado nos ensinamentos desse mestre.
De fato, ele advertia seus discípulos assim: "Sede dedicados à sinceridade, dedicados ao estudo e defendam até a morte o caminho do bem." O estudo autêntico exige empenho, foge da aproximação, detesta clichês, vacina contra o "raciocínio emotivos". O apelo não se dirige apenas aos indivíduos para que busquem o sentido da vida através do estudo, mas também às famílias e escolas para a construção de uma sociedade justa. E, com realismo, Aristóteles acrescentava: "O estudo é a melhor previdência para a velhice."
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#o estudo. Artigo de Gianfranco Ravasi - Instituto Humanitas Unisinos - IHU