12 Mai 2022
Microdados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de março apontaram número recorde de demissões voluntárias: 603 mil. Diante do total de 1,8 milhão, já representa uma a cada três saídas. No primeiro trimestre, 1,7 milhão de brasileiros desistiram de seus empregos formais, em um país com 12 milhões de pessoas buscando emprego. André Vicente, presidente da Adecco no Brasil, disse à coluna que o assunto já provoca inquietação em grandes empresas.
- Em posições gerenciais, de diretoria, em cargos sêniores, a great resignation (grande desistência, fenômeno que começou nos Estados Unidos no ano passado) está acontecendo no Brasil. As pessoas se questionam muito sobre seu propósito. Isso ocorreu com um grande amigo, que se demitiu porque queria ressignificar a vida - diagnostica.
A reportagem é de Marta Sfredo, publicada por Zero Hora, 11-05-2022.
A Adecco RH é uma empresa suíça de gestão de recursos humanos fundada em 1996, a partir da fusão entre a francesa Ecco e a suíça Adia Interim. Atua em 60 países e presta serviços a cerca de 100 mil empresas. Vicente é português, comanda os negócios no Brasil e esteve no Estado há poucos dias. Aqui, disse ter recebido o relato de uma grande empresa preocupada porque nunca havia recebido pedido de demissões de estagiários e trainees, mas agora isso passou a ocorrer:
- Nessa etapa, muitos ainda não têm tantas obrigações financeiras e podem pensar sobre a vida. Hoje, a forma de trabalho - presencial, híbrido ou remoto -, e a saúde mental importam mais. Na nossa experiência, 30% das pessoas que chegam à fase final de seleção perguntam sobre a forma de trabalho e 42% dessa fatia tomam a decisão de não avançar por comprometimento da qualidade de vida.
A íntegra da reportagem pode ser lida aqui.
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Record de demissões voluntárias. ‘Great resignation’ está acontecendo no Brasil - Instituto Humanitas Unisinos - IHU