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Marshall McLuhan, o pensador católico que previu a internet e passou seus últimos dias rezando com um jesuíta

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01 Fevereiro 2022

 

A fé cristã e a visão de mundo de McLuhan não são uma mera nota de rodapé biográfica. Elas lhe forneceram metáforas flexíveis para a interseção entre o material e o espiritual, engendraram nele a confiança e a determinação de um adepto religioso e o compeliram a reagir ao mundo eletrônico em rápida mudança ao seu redor.

 

O comentário é de Nick Ripatrazone, autor de artigos para as revistas Rolling Stone, The Atlantic, The Paris Review e Esquire. Este texto é uma adaptação do seu novo livro, intitulado “Digital Communion: Marshall McLuhan’s Spiritual Vision for a Virtual Age” [Comunhão digital: a visão espiritual de Marshall McLuhan para uma era virtual] (Fortress Press, 2022).

 

O artigo foi publicado em America, 28-01-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Eis o texto.

 

Marshall McLuhan, o sábio da cultura pop do mundo eletrônico e católico convertido, passou os últimos dias de sua vida com Frank Stroud, SJ. Durante aqueles últimos dias de 1980, eles leram, riram, beberam vinho, fumaram charutos e rezaram juntos – um fim condizente com uma vida moldada pela fé e ancorada na tradição inaciana.

Durante o auge da sua influência, McLuhan foi um dos intelectuais mais públicos. Ele viajou pelos Estados Unidos e Canadá, apareceu em programas de televisão e rádio, conversou com John Lennon e Yoko Ono, e foi tema de artigos em revistas tão variadas quanto Esquire, Vogue e Harper’s. O jornal New York Times publicou 27 artigos sobre ele apenas no ano de 1967.

O entretenimento, a mídia e os mundos acadêmicos do seu apogeu tinham boas razões para perder de vista os fundamentos cristãos das suas teorias, pois há evidências de que McLuhan, sendo um retórico astuto, tornou sutil a sua sensibilidade religiosa. No entanto, é revelador que alguns dos seus primeiros e mais fortes defensores e explicadores eram padres jesuítas, intelectuais que se sentiam igualmente à vontade percorrendo a teologia esotérica enquanto se moviam entre as massas seculares.

A fé cristã e a visão de mundo de McLuhan não são uma mera nota de rodapé biográfica. Elas lhe forneceram metáforas flexíveis para a interseção entre o material e o espiritual, engendraram nele a confiança e a determinação de um adepto religioso e o compeliram a reagir ao mundo eletrônico em rápida mudança ao seu redor.

Qualquer análise honesta e completa dos pontos de vista de McLuhan que mudaram paradigmas não deve apenas começar com essas considerações religiosas; deve também examinar como a sua fé sustentou o desenvolvimento e a disseminação dessas teorias. A vocação de McLuhan era entender como os ambientes criados pela mídia moldam a nossa percepção do mundo.

 

Testemunho

 

Em 1967, John M. Culkin, então professor jesuíta da Fordham University, escreveu um artigo para a revista Saturday Review que procurava tornar as ideias de McLuhan compreensíveis para o grande público. “Os escritos de McLuhan estão repletos de aforismos, insights, exemplos e irrelevâncias que flutuam livremente em torno de temas recorrentes”, escreveu o padre.

McLuhan, observou ele, era um observador das tendências atuais, não um criador delas: “Ele está apenas tentando descrever o que está acontecendo lá fora, para que possa ser tratado de forma inteligente”. Afinal, quando “alguém avisa você sobre um caminhão que se aproxima, é terrivelmente indelicado acusá-lo de estar dirigindo o caminhão”. McLuhan estava dando um testemunho.

Culkin recrutou McLuhan para a Fordham. “Oráculo? Gênio? Vendedor ambulante?” – a manchete da primeira página do jornal Fordham Ram debatia se McLuhan, o novo professor visitante de 100.000 dólares, valia o seu salário. A universidade jesuíta do Bronx apostou que o curto cargo de McLuhan seria ao mesmo tempo prestigioso e provocativo.

Em 18 de setembro de 1967, diante dos 178 estudantes matriculados na disciplina “Communication Arts 141”, o Pe. Culkin disse que era “a era de McLuhan”. Seus alunos veneravam as cópias dos livros dele. A imprensa no evento ansiava por entrevistas. O estudante que escreveu a reportagem brincou dizendo que McLuhan foi o “golpe de relações públicas do ano”.

Envergonhado pela bajulação, McLuhan proferiu rapidamente uma conferência de estreia de 25 minutos sobre televisão, atenção e como “fazemos tudo o que podemos para nos esconder do presente”. Sua mente viajava por qualquer rota que desejasse, e o público – cativo e cativado – o seguia.

Um ano antes, ele havia oferecido uma explicação concisa da sua retórica e pedagogia ao jornal The New York Times: “Eu não quero que eles acreditem no que eu digo. Só quero que eles pensem”.

Ele podia se dar ao luxo de ser evasivo. A essa altura, McLuhan era uma estrela midiática internacional com um saudável senso de humor. Durante sua conferência inaugural, ele brincou dizendo que a coisa mais canadense sobre ele mesmo era o modo como ele pronunciava erroneamente “either” e “process”. Depois, um aluno concluiu: “Foi um bom espetáculo. Todos os estudantes ficaram perplexos até certo ponto, mas vão entender”.

Infelizmente, a saúde de McLuhan piorou durante aquele ano, e o próprio Culkin obrigou seu amigo a procurar atendimento médico – o que o levou a uma cirurgia para remover um tumor cerebral.

 

O último visitante

 

Cerca de uma década depois, um derrame tornaria McLuhan incapaz de ler e escrever, e em grande parte incapaz de falar. Sua mente e sua alma se agitaram, no entanto, com a chegada de um conhecido do passado – Frank Stroud, SJ. Os dois se conheceram originalmente em 1974, mas ficaram sem se contatar até dezembro de 1980, quando Stroud foi convidado por John Culkin a um seminário de cinema na cidade de Nova York. Também estava presente a filha de McLuhan, Teri, uma cineasta que disse a Stroud que ele deveria “visitar o pai dela”. Stroud originalmente ia esperar até às férias de janeiro. Em vez disso, “um empurrão dado por Deus” o obrigou a viajar para o Canadá no fim de dezembro. Ele seria o último visitante de McLuhan.

Mais tarde, Stroud anotaria sobre o seu tempo juntos: “Deus literalmente me levantou de Jersey City e me plantou em Wychwood Park Toronto para completar a conexão jesuíta”. Stroud celebrou a missa na casa dos McLuhan, e, “a partir daquele momento, Marshall parecia não querer que eu saísse do seu lado”.

Eles caminharam juntos pelo Wychwood Park. Conversaram sobre as muitas cartas e presentes diversos que McLuhan recebia, incluindo uma caricatura desenhada por Tom Wolfe. McLuhan ouviu Stroud ler para ele trechos de artigos e livros. O último livro que McLuhan leu em sua vida ou, melhor, ouviu ser lido foi “Ignatius of Loyola” [Inácio de Loyola], de Karl Rahner, SJ, uma biografia ilustrada do fundador jesuíta.

No dia 30 de dezembro, Stroud novamente celebrou a missa – desta vez “usando uma garrafa de vinho da Borgonha que um colega de McLuhan trouxera da França”. McLuhan e o padre fumaram charutos e depois desceram para o porão, onde McLuhan guardava seu aparelho de televisão. Ele havia mudado a TV para lá alguns anos antes: “Eu não queria que ela invadisse a minha casa”.

Os dois assistiram ao telejornal das 11 horas, depois voltaram para o andar de cima. Antes de Stroud ir embora, eles se abraçaram. McLuhan foi para a cama e foi encontrado morto na manhã seguinte.

Sempre mais artista do que erudito, mais poeta do que acadêmico, McLuhan provavelmente apreciaria que seu ato final ocorresse perto do fim do ano. Esses últimos dias do calendário são muitas vezes agridoces: a esperança pelo próximo ano está inextricavelmente ligada às melancólicas horas finais de dezembro; a grande alegria do Natal seguida pela espera prolongada, quase metronômica, da véspera de Ano Novo. Mesmo os nossos melhores anos nunca parecem bons o suficiente.

 

 

Amante de hinos religiosos, talvez McLuhan tenha ido para a cama cantarolando a sua escolha favorita: “Mine Eyes Have Seen the Glory of the Coming of the Lord”. Horas antes, durante a missa, Stroud havia entoado o Nunc dimittis, o Cântico de Simeão. O padre havia levantado suas mãos como se estivesse segurando o Menino Jesus e dissera: “Deixai, agora, vosso servo ir em paz, conforme prometestes, ó Senhor”.

Simeão, agora que tinha visto o Salvador do Mundo, podia finalmente descansar em paz.

 

Leia mais

 

  • Quando McLuhan citava Marilyn
  • Marshall McLuhan e você
  • 100 anos de Marshall McLuhan: um teórico de vanguarda
  • A técnica é um instrumento neutro? Uma pergunta no centenário de Marshall McLuhan. Entrevista especial com Celso Candido de Azambuja
  • McLuhan e o ecumenismo controlado

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