21 Junho 2021
“Continua causando estranheza, e também indignação, as manifestações contrárias às medidas recomendadas por organismos sanitários, no cuidado e na promoção da vida humana. É incompreensível, especialmente por parte do presidente da República, no exercício de suas atribuições constitucionais, a promoção de aglomerações com objetivos ideológico-políticos, estimulando comportamentos sociais com risco epidemiológico. Tais atitudes são um atentado contra a vida e contra os valores democráticos. Manifestações de autoridades promovendo o uso de medicação sem eficácia no combate ao vírus, o descrédito propagado em torno da ciência, a omissão em relação às vacinas, a multiplicação de fake news, a desorientação sanitária e a falta de coordenação nacional no enfrentamento da pandemia cooperaram para que o número de doentes e mortos alcançasse níveis exorbitantes” – Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), José Carlos Dias, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns, Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Paulo Jeronimo de Sousa, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) – Folha de S. Paulo, 20-06-2021.
“Pertinente e indispensável é a CPI instalada no Senado Federal, que se debruça sobre um mar de informações, convergindo para uma certeza: o negacionismo mata. Desejamos que a comissão, ao concluir seus trabalhos, elucide a verdade dos fatos para os brasileiros, podendo abrir um novo capítulo em nossa história democrática” – Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), José Carlos Dias, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns, Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Paulo Jeronimo de Sousa, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) – Folha de S. Paulo, 20-06-2021.
“Importante ressaltar que a falsa oposição entre salvar vidas e salvar a economia, que ainda alimenta o discurso oficial, revela a estratégia de quem não faz nem uma coisa nem outra. A população sofre com a falta de vacinas, cuja compra foi sistematicamente negligenciada por órgãos oficiais, assim como sofre pela falta de trabalho e de perspectivas. A concentração de renda, uma das maiores do mundo, segue seu curso, enquanto a fome se instala em milhões de lares. E o necessário auxílio emergencial, que deveria continuar a ser de R$ 600, serve como paliativo, jamais como solução” – Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), José Carlos Dias, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns, Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Paulo Jeronimo de Sousa, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) – Folha de S. Paulo, 20-06-2021.
“O vazio de políticas públicas, ao lado das políticas da desconstrução, não só no âmbito da saúde, mas em educação, cultura, meio ambiente, moradia, emprego, geração de renda e apoio à ciência e inovação, revela a sociedade que se sente confusa, abandonada e adoecida” – Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), José Carlos Dias, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns, Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Paulo Jeronimo de Sousa, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) – Folha de S. Paulo, 20-06-2021.
“Se, por um lado, a morte de tantos requer o silêncio respeitoso e as preces dos que têm fé, de outro lado, conclamamos mais uma vez a união nacional em defesa da vida e da democracia no Brasil. Dias melhores virão. Seja esta a bandeira de um novo tempo. Vidas perdidas não serão esquecidas” – Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), José Carlos Dias, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns, Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Paulo Jeronimo de Sousa, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) – Folha de S. Paulo, 20-06-2021.
“Agora, o presidente pisa sobre as 500 mil vítimas da doença com uma famosa trinca negacionista. Na última quinta-feira (17), Bolsonaro afirmou que o uso de máscaras reduz a oxigenação do sangue, sugeriu que vacinas em aplicação no Brasil são ineficazes e afirmou que a contaminação é a forma mais eficaz de se imunizar. Nada daquilo era verdade. O presidente implantou um programa de governo baseado na mentira, na sabotagem e na contaminação proposital. A política explica como o país chegou a esse meio milhão” – Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), José Carlos Dias, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns, Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Paulo Jeronimo de Sousa, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) – Folha de S. Paulo, 20-06-2021.
“Incapaz de promover crescimento seguro, geração de empregos e bom uso do dinheiro público, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tenta associar o drama dos mais pobres ao desperdício de comida pela classe média. “Precisamos dar incentivos para que o que é jogado fora possa ser endereçado aos mais necessitados”, disse o ministro num evento da Associação Brasileira de Supermercados. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, presente na ocasião, poderia ter informado seu companheiro de governo sobre a produção e a disponibilidade de alimentos no Brasil, mas preferiu acompanhá-lo em seus comentários sobre a perda de alimentos e a necessidade de rever prazos de validade” – editorial ‘A classe média não é culpada’ – O Estado de S. Paulo, 21-06-2021.
“Além de se mostrar incapaz de promover a criação de empregos e de ajudar os pobres na fase mais crítica deste ano, o desgoverno federal contribuiu para o aumento da inflação, desde o ano passado, assustando os investidores financeiros e motivando enorme valorização do dólar. A instabilidade cambial, atenuada só recentemente, alimentou a inflação. Nos 12 meses terminados em maio os preços ao consumidor aumentaram mais de 8%. Os piores efeitos, obviamente, foram sentidos pelos mais pobres, finalmente lembrados, na quinta-feira, pelo ministro da Economia. Mas a culpa da fome, segundo ele, é da classe média” – editorial ‘A classe média não é culpada’ – O Estado de S. Paulo, 21-06-2021.
“Passados dois anos, eleitores e sobretudo pessoas que formam seu governo acreditando em sabe-se lá o que estão diante de uma personalidade conturbada. Algum defeito todas as cabeças têm, mas Bolsonaro é um sexagenário com fantasias infantis. São soluções simples e definitivas para problemas que os adultos consideram complexos. Aos 66 anos, acredita na cloroquina e no spray israelense. Por volta dos 30, acreditava na mágica do garimpo, desafiando as normas do Exército onde servia. De lá para cá apresentou-se como um profeta das virtudes milagrosas do nióbio e do grafeno para a economia. Noves fora a curiosidade pela transmissão de eletricidade sem fios, como presidente, disse que o Brasil e Argentina poderiam adotar uma moeda única. Promessas de políticos são uma coisa, onipotências infantis, bem outra” – Elio Gaspari, jornalista – Folha de S. Paulo, 20-06-2021.
“Bolsonaro pode repetir a cada dia que Ricardo Salles é um excelente ministro, mas, pelo andar da carruagem do inquérito do favorecimento das madeireiras, ele está frito” – Elio Gaspari, jornalista – Folha de S. Paulo, 20-06-2021.
“Começou a temporada de caça ao Terceiro Nome, capaz de quebrar a polarização Lula x Bolsonaro. A ver, mas o andar de cima brasileiro está na mesma armadilha em que caíram aqueles argentinos que pensam ser ingleses. Tendo defenestrado Juan Perón em 1955 com a ajuda dos militares, passaram 18 anos procurando uma alternativa. Em 1973 Perón voltou à Casa Rosada. Se o Terceiro Nome não aparecer, no ano que vem poderá ser fechado um círculo: Lula e o comissariado petista contribuíram a gerar Jair Bolsonaro, que, por sua vez, ajudou a gerar Lula” – Elio Gaspari, jornalista – Folha de S. Paulo, 20-06-2021.
“Não se justifica dúvida alguma de que Bolsonaro tenha como objetivo uma situação de violência extrema. Já por sua atração pela morte alheia, que também não comporta dúvida, como por tantos atos que nem precisam recorrer ao genocídio que o igualou à pandemia. “Precisamos eliminar uns 30 mil”, era a mais convicta receita de Brasil na sua campanha. Ninguém se identifica e se entrelaça com milicianos se não vê a eliminação humana, individual ou em massa, com indiferença quando não com desejo” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 20-06-2021.
“Não seriam as polícias a defender a população, sendo em grande parte integrantes ou aliadas da marginalidade criminosa. O Exército, por sua vez, até hoje não deu sinal de opor-se aos preparativos de Bolsonaro, nem de contraposição ao poder paralelo das milícias. O próprio ministro da Defesa, general Braga Netto, quando interventor na Segurança do Rio não criou dificuldades reais para os bandos e as milícias que os Bolsonaro conhecem bem. No atual cargo, depois de comandar o bolsonarismo no Planalto, o general preocupa-se em reivindicar uma montanha de bilhões “para assegurar a defesa do território nacional”. Mas o território não está nem sob a mais tênue possibilidade de ameaça. A ameaça está aqui dentro. E não é impróprio admitir que inclua parte dos subordinados ao general-ministro” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 20-06-2021.
“Suspeito que os que agora dizem que as instituições estão funcionando sejam os mesmos que diziam que Bolsonaro jamais seria eleito. O cadáver está fedendo, mas o incompreensível, o kafkiano, é que ninguém abra as janelas” – Bernardo Carvalho, romancista – Folha de S. Paulo, 20-06-2021.
“Se Bolsonaro insiste no “deixa morrer” na pandemia, ele e Guedes têm sensibilidade diferente para os pobres. Para o presidente, eles devem “viajar de jegue”, mas têm voto. Para o ministro, são só estorvo. Empregada de avião para Miami? Filho de porteiro em universidade? E que tal raspar as sobras de comida do prato e dar para famílias miseráveis? A Terra não é plana, mas o Brasil parece terra arrasada” – Eliane Cantanhêde, jornalista – O Estado de S. Paulo, 20-06-2021.
“(Bolsonaro) Deseja um país em que nada é confiável, nem as vacinas nem as urnas. No mesmo pronunciamento em que duvidou da eficácia das vacinas, o presidente elaborou uma mirabolante teoria segundo a qual o Supremo Tribunal Federal mandou soltar Lula da Silva para fazê-lo presidente, e insinuou que a Justiça Eleitoral impede o “voto auditável” justamente para facilitar a fraude em favor do petista. E previu que esse desfecho pode “criar uma convulsão no Brasil”, obviamente provocada por ele mesmo. É dever cívico dos cidadãos conscientes impedi-lo” – editorial ‘O dever cívico e o nosso’ – O Estado de S. Paulo, 20-06-2021.
“Não bastassem os danos causados à saúde, a indústria de alimentos ultraprocessados está entre as maiores produtoras de lixo do planeta. Ao mesmo tempo em que contribuem para doenças como diabetes e hipertensão mundo afora, Coca-Cola, Nestlé, Danone e Unilever são responsáveis, juntas, por mais de 6 milhões de toneladas por ano em resíduos de embalagens, de acordo com o último Atlas do Plástico. No caso do Brasil, o segmento ajuda a colocar o país entre os maiores produtores de resíduos e um dos quatro maiores fabricantes de plástico do mundo. O problema torna-se ainda mais grave tendo em vista que o país completa uma década da criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) sem avanços concretos em relação ao manejo do que se descarta e de que forma isso é feito” – Teresa Liporace, diretora-executiva do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e Paula Johns, diretora-geral da ONG ACT (Aliança de Controle do Tabagismo) Promoção da Saúde – Folha de S. Paulo, 20-06-2021.
“Diferentemente da Europa, que responsabiliza a indústria em geral por suas embalagens descartadas, aqui a responsabilidade compartilhada tem pesado para consumidores e prefeituras. Na prática, ninguém assume a tarefa, ou é sempre a mesma pessoa que faz o trabalho pesado: governos locais têm arcado com os custos de dispor desses resíduos —pesando no bolso dos contribuintes, e o catador de material reciclável é quem realmente garante que a coleta aconteça” – Teresa Liporace, diretora-executiva do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e Paula Johns, diretora-geral da ONG ACT (Aliança de Controle do Tabagismo) Promoção da Saúde – Folha de S. Paulo, 20-06-2021.
“Ao consumidor, fica não só a responsabilidade de ter consciência e limitar o consumo de alimentos ultraprocessados para evitar danos à própria saúde: cabe-lhe, também, cuidar da montanha de plástico que a indústria, com a conivência da política pública, teima em jogar para embaixo do tapete” – Teresa Liporace, diretora-executiva do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e Paula Johns, diretora-geral da ONG ACT (Aliança de Controle do Tabagismo) Promoção da Saúde – Folha de S. Paulo, 20-06-2021.
“É muito chato o presidente fazer uma reunião com os ministros e deixar seu vice-presidente de fora. É um sinal muito ruim para a sociedade como um todo. Eu, como vice-presidente, fico sem conhecer, sem saber o que está sendo discutido. Isso não é bom, não faz bem. Eventualmente, eu tenho que substituir o presidente e, se não sei o que está acontecendo, como vou substituir? Não há condições. Eu tenho um relacionamento muito bom com o senador Flávio e não vejo problema com os demais. Também já deixei claro que eu tenho uma visão de mundo e ele (Bolsonaro) tem outra. Isso é uma realidade” – Hamilton Mourão, vice-presidente da República – PRTB.
“O Oswald que muitos julgam já ter nascido rebelde, moderno e atento às vanguardas europeias começou como um ardente admirador dos parnasianos Olavo Bilac e Emilio de Menezes. Ele os frequentava no Rio, reverenciava-os como heróis, contratava-os para dar bem pagas palestras em São Paulo e eram fotografados juntos. A partir de 1922, com Bilac e Emilio mortos desde 1918, Oswald passou a ver neles o atraso, mas só anos depois se sentiu seguro para dizer que sempre os combatera” – Ruy Castro, jornalista e escritor – Folha de S. Paulo, 20-06-2021.
“Mas o grande copidesque que Oswald fez em sua vida foi político. Por tudo o que escreveu nos anos 30 e 40, convenceu-nos de que ele fora a ala esquerda pós-22 contra a direita composta pelos futuros integralistas Plínio Salgado, Menotti Del Picchia e Cassiano Ricardo. Mas estes eram a extrema direita. Oswald era a direita clássica, oligárquica, comensal da República do Café com Leite, com a qual privava nos salões e fazendas —íntimo de Washington Luiz e Julio Prestes, que seriam os grandes derrotados de 1930” – Ruy Castro, jornalista e escritor – Folha de S. Paulo, 20-06-2021.
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500 mil mortos. Sociedade está confusa, abandonada e adoecida – Frases do dia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU