28 Mai 2021
A Rede Eclesial Pan-Amazônica - REPAM, acaba de lançar a Cesta Amazônica, um compêndio de guias, itinerários e conteúdos de temas importantes que partem da realidade amazônica e pretendem ajudar a conhece-la e, ao mesmo tempo, adquirir conhecimentos que podem ajudar no trabalho de acompanhamento dos povos e dos processos na região.
A reportagem é de Luis Miguel Modino.
Na sequência da proposta do Sínodo para a Amazônia, de construir uma Igreja com rosto amazônico, uma Igreja inserida no seu território, a Cesta Amazônica oferece subsídios para aprofundar o conhecimento, visão, teoria e tudo o que possa colaborar neste caminho. Trata-se, em atenção aos seus povos, de realizar este trabalho na Amazônia, com novos horizontes e conteúdos formativos aprofundados que nos ajudam a gerar vida.
Estamos perante uma caixa de ferramentas, como mostra o vídeo que foi lançado para explicar do que se trata, "que é disponibilizado aos agentes pastorais de toda a Pan-Amazônia e que procura ser uma contribuição para a sua ação pastoral e também para o papel que desempenham na sociedade".
Lançamento Cesta Amazônica (Foto: Divulgação/REPAM)
Os objetivos desta Cesta Amazônica são "estabelecer relações entre os agentes pastorais e as suas comunidades para construir uma Igreja presente, próxima das necessidades da realidade, a partir da perspectiva integral do território Pan-Amazônico, face a estes desafios". Além disso, pretende ajudar na "construção ou atualização de planos pastorais", e finalmente "procura adaptar-se aos contextos e necessidades da realidade".
A Metodologia baseia-se na educação popular e faz uso de documentos valiosos já existentes na história da Igreja na região. São materiais construídos por diferentes colaboradores do Eixo de Formação e Métodos Pastorais da REPAM, que, na medida do possível, se baseiam na vida das comunidades amazônicas.
Lançamento Cesta Amazônica (Foto: Divulgação/REPAM)
A cesta segue o método de reflexão presente na Igreja latino-americana: Contemplar (momento de oração e reflexão à luz de textos e histórias sagradas); Ver (leitura de textos, ideias e conceitos para localizar a realidade); Julgar ou Discernir (espaço de intercâmbio, partilha e discussão construtiva, através de perguntas. Assimilação do conteúdo revisto e geração de conhecimento crítico); Agir (construção de compromissos claros e concretos); Celebrar (expressão simbólica da fé encarnada para animar a nossa experiência onde assumimos e reconhecemos que Deus nos acompanha nesta missão).
A partir daí, foram elaborados 31 módulos, organizados em 9 temas diferentes: Território, Espiritualidade, Organização, Água, Biodiversidade, Evangelii Gaudium, Pastoral Itinerante, Doutrina Social da Igreja e Megaprojetos e atividades predatórias. Elementos como a língua materna, educação tradicional no território, leis para proteger o território, desterritorialização, ecossistemas, saúde, espiritualidade como fonte de vida, mitos e ritos, simbologias e pinturas, canções, lugares e tempos sagrados, sabedoria ancestral, sonhos como revelações de Deus, resistência, família, transmissão oral, governo, leis comunitárias, líderes e relacionamento com outros povos, entre outros elementos, são abordados.
Todos estes conteúdos e respostas a perguntas podem ser encontrados no website da REPAM, disponível aqui.
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A REPAM lança a Cesta Amazônica, uma contribuição para “construir uma Igreja com rosto amazônico” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU