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O humilde jumentinho cavalga o seu momento pascal. Artigo de Gianfranco Ravasi

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06 Abril 2021

Os animais na Bíblia: no clima da Ressurreição, o burro celebra a sua redenção em relação ao seu desprezo secular. Graças à entrada de Jesus em Jerusalém, à voz de Zacarias e à jumenta profetisa citada no livro dos Números.

O comentário é do cardeal italiano Gianfranco Ravasi, prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, em artigo publicado por Il Sole 24 Ore, 04-04-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto. 

Eis o texto. 

O manso e paciente jumentinho de nome Balthazar sofre todos os tipos de maus-tratos, arrasta-se sob os açoites dos seus senhores, quase sem emitir um zurro, e, no fim, é morto.

Paralelamente à sua miserável história, corre a da jovem Maria, vítima, também ela, da brutalidade humana, a ponto de ser violentada. O mal, encarnado em um comerciante de grãos, parece, no fim, triunfar sobre a inocência.

Muitos terão reconhecido a trama do filme “Au hasard Balthazar”, filmado pelo grande Robert Bresson em 1966, “um filme tão puro a ponto de ser desconcertante”, como o definiu o crítico Paolo Mereghetti.

Desconcertante também porque quem personificou aquele comerciante príncipe do mal foi o frio investigador de Sade, o escritor e pintor Pierre Klossowski (1905-2001).

Quisemos evocar esse filme que tem como protagonista um animal oprimido em todos os sentidos, até mesmo metafóricos (“Você é um jumento!”, “Não seja burro”, “Fique de castigo no canto da sala com as orelhas de burro”, “É um asno, mas se acha um cavalo” e assim por diante), porque, paradoxalmente, na Páscoa de Cristo, esse animal tem o seu momento de glória.

O filme de Bresson, que era uma pessoa de fé, é cristológico, em certo sentido. É fácil, de fato, voltar àquela passagem do Evangelho com o pedido feito por Jesus a dois dos seus discípulos de se dirigirem ao vilarejo de Betfagé, na encosta do Monte das Oliveiras, em Jerusalém, para lhe trazer “um jumentinho que nunca foi montado”.

Desamarrado, foi conduzido ao Mestre, coberto com mantos, e sobre ele – no início da sua paixão – Cristo se senta, avançando rumo à cidade sagrada, louvado pela multidão, enquanto “muitas pessoas estenderam seus mantos pelo caminho; outros puseram ramos que haviam apanhado nos campos” (leia-se Marcos 11,1-11 ou os relatos paralelos dos outros evangelistas).

É precisamente ele, o desprezado burro, e não o nobre e elegante cavalo, que está naquele dia no centro de uma cena que se tornará também um topos artístico (como não pensar no admirável afresco de Giotto na Capela degli Scrovegni em Pádua ou no refinado baixo-relevo do sarcófago de Giunio Basso de meados do século IV nos Museus Vaticanos?).

A explicação deve ser buscada, como costuma acontecer, no contraponto entre os dois Testamentos. É o evangelista Mateus quem nos lembra disso, por meio de uma citação do profeta Zacarias: “Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo profeta: ‘Digam à filha de Sião: eis que o seu rei está chegando até você. Ele é manso e está montado num jumento, num jumentinho, cria de um animal de carga’” (21,4-5; trad. Bíblia Pastoral).

A passagem completa daquele profeta continuava assim: “Ele destruirá os carros de guerra de Efraim e os cavalos de Jerusalém; quebrará o arco de guerra. Anunciará paz a todas as nações, e o seu domínio irá de mar a mar, do rio Eufrates até os confins da terra” (9,9-10; trad. Bíblia Pastoral).

Ora, é preciso lembrar que o asno era a montaria dos príncipes e dos reis em tempos de paz, enquanto o cavalo, com o seu ritmo poderoso e fulmíneo, era mais adequado para as campanhas militares.

Sobre este último, Jó nos deixou um retrato fulgurante: “Cheio de força, ele pateia o chão e se lança ao encontro das armas. Ele ri do medo, não se assusta e diante da espada não volta para trás. Sobre ele ressoam o barulho do escudo, a lança faiscante e o dardo. Com ímpeto e estrondo, ele devora a distância e não para, mesmo que soe o clarim. Ao toque da trombeta, ele relincha; fareja de longe a batalha, as ordens de comando e os gritos de guerra” (39,21-25; trad. Bíblia Pastoral).

O rei que Zacarias esboçava já tinha as feições messiânicas, e a sua obra não era de destruição, mas de pacificação, e é precisamente por isso que ele escolhera o asno como montaria. De fato, são significativos dois gestos que ele faz. Primeiro ato: abole o exército e os armamentos, eliminando carros de guerra e arcos de combate. É um pouco aquilo com que Isaías sonhava como última meta messiânica: “De suas espadas eles fabricarão enxadas, e de suas lanças farão foices. Nenhuma nação pegará em armas contra outra, e ninguém mais vai se treinar para a guerra” (2,4; trad. Bíblia Pastoral).

Há, porém, um segundo ato também que esse rei esperado colocará no seu programa de governo. Ele, continua Zacarias, dará origem a uma diplomacia da paz: “Anunciará paz a todas as nações”. Inaugura-se, assim, uma nova ordem das relações internacionais, “de mar a mar, do rio Eufrates até os confins da terra”, ou seja, em todo o mapa geopolítico da época, do Mar Morto ao Mediterrâneo, do Eufrates até o atual Gibraltar, considerado a fronteira extrema da terra.

O fato de esse soberano ser muito diferente dos políticos da história – e, portanto, dos próprios reis de Judá – aparece nos outros dois títulos que o profeta lhe atribui no hebraico original, além do adjetivo “manso” traduzido por Mateus: “justo” e “salvo”. Quando tal soberano avançar no horizonte, se ouvirá um canto de alegria coral: “Dance de alegria, cidade de Sião; grite de alegria, cidade de Jerusalém”, declara Zacarias na abertura do fragmento bíblico citado por Mateus.

O jumento celebra, portanto, na atmosfera pascal, o seu resgate em relação a uma tradição secular culta e popular: como não recorrer espontaneamente à história de Pinóquio ou, mais sofisticadamente, ao Tríptico do Dilúvio de Hieronymus Bosch, que o conecta ao diabo, marcando-o como vicioso, ou no “Asno de Ouro” de Apuleio, “metamorfose” do protagonista Lúcio?

A lista de difamações que lhe foram reservadas ao longo dos séculos seria longa, tanto que o historiador Roberto Finzi pôde elaborar todo um ensaio específico, “Asino caro, o della denigrazione della fatica” [Caro asno, ou da difamação do esforço] (Ed. Bompiani 2017).

Na verdade, na tradição bíblica, além da voz de Zacarias e da escolha de Jesus na sua entrada em Jerusalém no limiar da Páscoa, não podemos ignorar que existe até uma jumenta profetisa, o de Balaão: é preciso ler o relato delicioso do capítulo 22 do livro dos Números.

Nas páginas sagradas, os asnos entram em cena várias vezes e nas mais diversas formas, até se tornarem um instrumento de luta quando o herói Sansão empunha uma mandíbula esquelética de burro para eliminar seus adversários filisteus (em Juízes 15).

Mas, na história cristã posterior, será o santo que chamará o seu corpo de “irmão asno”, ou seja, Francisco de Assis, que visualizará no seu presépio aquela presença que todos acreditam ser evangélica em sentido estrito. Na realidade, o boi e o jumento que respiram sobre o Jesus recém-nascido na gruta de Belém são uma criação apócrifa, baseada na releitura alegórica de uma repreensão que o profeta Isaías dirige a Israel: “O boi conhece o seu proprietário, e o burro a cocheira do seu dono, mas Israel não conhece nada, o meu povo não entende” (1,3; trad. Bíblia Pastoral).

Na particular “páscoa do asno” que quisemos recriar, concluímos com o testemunho de um poeta francês, Francis Jammes (1868-1938), convertido ao catolicismo, que optou por viver na paz agreste, amando as criaturas simples dos campos, a ponto de intitular a sua obra-prima de “Géorgiques chrétiennes”.

Propomos esta sua “Oração para ir ao paraíso com os asnos”:

“Quando chegar a hora de ir ao teu encontro, meu Deus...
pegarei a minha bengala e irei pela estrada grande
e direi aos asnos, meus amigos:
Eu sou Francis Jammes e vou para o paraíso...
Eu lhes direi: Venham, doces amigos do céu azul,
pobres animais queridos que, com um brusco movimento de orelhas,
afugentam as moscas chatas, os golpes e as abelhas...
Que eu vos apareça, no meio dessas feras
que eu amo tanto porque abaixam docemente as cabeças...
Fazei que, em paz, os anjos nos conduzam
rumo a riachos cheios sobre os quais tremem cerejas
lisas como a carne risonha das menininhas,
e fazei que, curvado nesta morada das almas
sobre as vossas águas divinas, eu me assemelhe aos asnos
que espelharão a sua humilde e doce pobreza
na limpidez do amor eterno.”

 

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