Governo desvia cloroquina para a covid, e combate à malária corre risco

Foto: André Rodrigues/Governo do Amapá

Mais Lidos

  • A formação seminarística forma bons padres? Artigo de Elcio A. Cordeiro

    LER MAIS
  • “A América Latina é a região que está promovendo a agenda de gênero da maneira mais sofisticada”. Entrevista com Bibiana Aído, diretora-geral da ONU Mulheres

    LER MAIS
  • A ideologia da Vergonha e o clero do Brasil. Artigo de William Castilho Pereira

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

29 Março 2021

O programa nacional de controle da malária pode ficar sem cloroquina para tratar pacientes após o medicamento ter sido desviado pelo Ministério da Saúde para o combate à covid-19. É o que revela reportagem de Vinicius Sassine publicada neste domingo (28) no jornal Folha de S.Paulo

A reportagem é publicada por Congresso em Foco, 28-03-2021.

De acordo com a apuração, de 3 milhões de comprimidos fabricados pela Fiocruz para abastecer o programa, 2 milhões acabaram direcionados ao combate da pandemia, mesmo que o medicamento seja ineficaz no tratamento da covid-19.

A reportagem cita documentos obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação que comprovam o desvio do medicamento e que, sob o risco de prejudicar o tratamento da malária, mostram que a pasta precisou fazer um aditivo ao contrato com a Fiocruz pedindo mais 750 mil comprimidos.

“Como é de conhecimento de Farmanguinhos, com o advento da pandemia pela Covid-19, esse medicamento passou a ser disponibilizado também para o tratamento dessa virose, o que elevou o seu consumo, especialmente no primeiro semestre. Com isso, o estoque atualmente disponível garante a cobertura do programa de malária apenas até meados de 2021”, diz documento do ministério obtido pela Folha.

Desde o início da pandemia o presidente Jair Bolsonaro estimula e defende o uso da cloroquina e o chamado "tratamento precoce", que é ineficaz contra a covid-19. O Ministério da Saúde chegou, inclusive, a lançar um aplicativo que receitava o medicamento para sintomas até mesmo de ressaca. Porém, a plataforma foi retirada do ar.

 

Leia mais