Tumulto marca eleição em templo da Assembleia de Deus em Campo Grande

Foto: Youtube | Divulgação

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09 Março 2021

A Polícia de Choque de Campo Grande frequentou o templo da Assembleia de Deus Missões, na quinta-feira, 4 de março. Mas não foi para orar. Foi intervir para conter tumulto entre eleitores no processo de escolha do presidente da congregação.

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.

Dois candidatos disputavam o cargo: o pastor Antônio Dionízio, que concorria à reeleição, e o pastor Rudi Carlos, da chapa 2. Na confusão, o pastor identificado como Quevedo, apoiador da chapa 1, sofreu um AVC, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital Universitário.

Em outubro passado, circulou nas redes sociais um vídeo em que o pastor Dionízio supostamente tocava uma fiel de maneira inapropriada. Segundo o portal MidiaMax, depois do escândalo o pastor teria se divorciado e casado com a mulher que aparece nas imagens do vídeo.

O estatuto de igreja reza que membros não podem cometer adultério, divorciar-se ou casar novamente. No período pré-eleitoral, o pastor Dionízio chegou a indicar um substituto para a disputar o pleito em seu lugar. Mas ao final, o candidato acabou sendo ele mesmo, e foi reeleito.

Eleitores da chapa 2 denunciaram que não conseguiram votar. Alegaram que foram privados por seguranças privados contratados para a ocasião. Informaram que cerca de 300 integrantes da chapa 1 entraram por volta das 13h no tempo e o fecharam. Assim, às 19h, horário da votação, o pastor Dionízio já estava eleito.

Mídia local relatou que aproximadamente 500 apoiadores da chapa 2 inscritos para votar foram impedidos de ingressar no templo e registrar o voto. “Nós representamos a igreja que quer renovação”. O que aconteceu é “algo vergonhoso”, declarou o pastor Rudi Carlos, ao denunciar a truculência do pastor Dionízio.

Midia Max informou que várias congregações integram a Assembleia de Deus Missão, e que o salário do presidente gira em torno de 40 mil mensais.

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