22 Fevereiro 2021
“É inafastável a constatação de que o armamento da cidadania para 'a defesa da liberdade' evoca o terrível flagelo da guerra civil, e do massacre de brasileiros por brasileiros, pois não se vislumbra outra motivação ou propósito para tão nefasto projeto" – Raul Jungmann, ex-ministro da Segurança Pública e da Defesa – Folha de S. Paulo, 22-02-2021.
"Ao longo da história, o armamento da população serviu a interesses de ditaduras, golpes de Estado, massacre e eliminação de raças e etnias, separatismos, genocídios e de ovo da serpente do fascismo italiano e do nazismo alemão" – Raul Jungmann, ex-ministro da Segurança Pública e da Defesa – Folha de S. Paulo, 22-02-2021.
“O golpe de mestre do general Villas Boas, que enquadrou o STF com apenas um tuíte de 75 palavras, deixando o caminho livre para Bolsonaro na eleição presidencial de 2018, levou os militares de volta ao poder, na garupa do capitão. Quem conta essa versão não sou eu, mas o próprio general, em livro autobiográfico, no qual divide a responsabilidade da proeza com seus colegas do Alto Comando do Exército” – Ricardo Kotscho, jornalista – Balaio do Kotscho – Portal Uol, 21-02-2021.
“A gente vai vendo e ouvindo estas coisas, vai se acostumando, e ninguém reage, com o capitão Bolsonaro e sua tropa tocando a boiada, de volta a um passado, que se imaginava sepultado em cova funda, e agora ressurge como assombração. Quando a gente acordar desse pesadelo, poderá ser tarde demais” – Ricardo Kotscho, jornalista – Balaio do Kotscho – Portal Uol, 21-02-2021.
“É lamentável saber que o SUS tem a capacidade para vacinar 60 milhões de pessoas por mês e que isso não vai ocorrer pq o governo federal falhou em não ter negociado com antecedência a compra de vacinas contra a covid-19. Resultado: as vacinas já acabaram em várias cidades” – José Serra, senador (PSDB-SP) e ex-ministro da Saúde – O Estado de S. Paulo, 21-02-2021.
“A suspensão do auxílio emergencial e a dificuldade em avançar com a vacinação no País têm levado populações mais vulneráveis a um “sentimento de orfandade” em relação ao governo federal, segundo institutos de pesquisa ouvidos pela Coluna. A percepção é de que a demora na retomada da ajuda financeira está começando a pautar a reeleição de Jair Bolsonaro. Cientes do problema, governo e Congresso tentam acelerar a volta do benefício” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 21-02-2021.
“Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, há uma crise de perspectiva, principalmente nas classes mais baixas: tanto na econômica quanto na questão sanitária, os brasileiros não enxergam saídas a curto prazo” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 21-02-2021.
“A política tradicional adoraria aprovar uma nova rodada do auxílio rapidamente porque é o que a população está demandando. É uma questão objetiva, mas, ao mesmo tempo, o foco em outras questões, como as eleições do Congresso, deixou o auxílio para outro momento”, afirma Renato Meirelles” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 21-02-2021.
“Bruno Soller, do Instituto Travessia, diz que pesquisas qualitativas identificaram “certa revolta nas camadas populares”. “Elas acham que o governo deu com uma mão e tirou com a outra por causa do aumento do preço de alimentos e de serviços essenciais”, afirma Soller” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 21-02-2021.
“Para um aliado de Bolsonaro, a mudança no comando da Petrobrás será feita para evitar que o carro do presidente fique parado no acostamento, sem combustível, na corrida pré-eleitoral até 2022” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 21-02-2021.
“Acho uma super chapa: Haddad/Luiza Trajano” – Washington Quaquá, vice-presidente nacional do PT – O Estado de S. Paulo, 20-02-2021.
“Considero-me de esquerda sim e fico com a bela definição de Pepe Mujica: 'É uma posição filosófica perante a vida, onde a solidariedade prevalece sobre o egoísmo'” – Raduan Nassar, autor de autor de 'Lavoura Arcaica' – Folha de S. Paulo, 21-02-2021.
“O Brasil não merece quem ocupa a cadeira do Planalto: economia devastada, miséria crescente, pior gestão mundial da pandemia, não temos vacinas, não temos estratégia para distribuir as vacinas, não temos seringas” – Raduan Nassar, autor de autor de 'Lavoura Arcaica' – Folha de S. Paulo, 21-02-2021.
“No governo de Jair Bolsonaro pululam generais, ainda não consegui entender para quê...Provavelmente para dar um novo golpe em favor do inominável” – Raduan Nassar, autor de autor de 'Lavoura Arcaica' – Folha de S. Paulo, 21-02-2021.
“Vamos esperar o quê? Este governo é um desastre. Estamos vivendo uma tragédia, mas precisamos resistir, depois da vacinação é povo nas ruas” – Raduan Nassar, autor de autor de 'Lavoura Arcaica' – Folha de S. Paulo, 21-02-2021.
“Sim, porque esse é o objetivo de tanta macheza. Bolsonaro já foi alertado de que não pode mais deixar o poder. Precisa dele —blindando-se, armando-se, cercando-se de jagunços, dentro ou fora da lei— para não ser levado ao banco dos réus. Do qual, se se sentar, pode nunca mais se levantar. Só a contagem de seus crimes levará décadas” – Ruy Castro, jornalista e escritor – Folha de S. Paulo, 21-02-2021.
“Há que exaltar legalistas das Forças Armadas e isolar conspiradores. Tratar igualmente todos os militares é grave erro” – Carlos Minc, deputado estadual (PSB-RJ), sobre Fernando Azevedo (Defesa) ter dito que declaração de Villas Bôas foi ato isolado – Folha de S. Paulo, 21-02-2021.
“Ao revelar detalhes da edição do tuíte, Villas Bôas compartilhou sua gênese. Chefe militar pode ouvir seus comandados por respeito e até mesmo por cortesia, mas não revela isso três anos depois. Imaginar comandantes como Leônidas Pires Gonçalves ou Orlando Geisel contando que suas palavras foram submetidas e discutidas com subordinados equivale a imaginá-los de boné num show do cantor Belo na Maré. Nunca é demais lembrar o papelzinho que o general Dwight Eisenhower guardou no bolso em 1944, durante o dia do desembarque das tropas aliadas na Normandia caso a operação fracassasse: “Se alguma culpa deve ser atribuída à tentativa, ela é só minha”. Deu tudo certo e em 1953 ele se tornou presidente dos Estados Unidos” – Elio Gaspari, jornalista – Folha de S. Paulo, 21-02-2021.
“Depois de cinco meses de viagem, o robô Perseverance pousou em Marte. Completaram-se 14 meses do dia em que o repórter Aguirre Talento revelou a existência de um edital do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação que torraria R$ 3 bilhões na compra de equipamentos eletrônicos para escolas públicas. Os 244 alunos de um colégio mineiro receberiam 30.030 laptops. Ainda não se sabe quem botou esse jabuti na burocracia do FNDE. A perseverança da Nasa é coisa de principiantes” – Elio Gaspari, jornalista – Folha de S. Paulo, 21-02-2021.
“Na Nova Zelândia, sob o comando da primeira-ministra Jacinda Ardern, morreram 26 pessoas, cinco para cada milhão de habitantes. Na terra das palmeiras, onde canta o capitão, morreram mil para cada milhão de brasileiros” – Elio Gaspari, jornalista – Folha de S. Paulo, 21-02-2021.
“Como um projeto de tirano aloprando em um bunker ou porão, Bolsonaro não dá a mínima para o risco de arruinar o país: ele é capaz de tudo, e incapaz também. Corre agora risco maior de implodir seu próprio governo e prestígio, popularidade que poderia manter à tona vacinando em massa e obedecendo ao menos à mediocridade habitual de sua equipe econômica. Mas, se um quarto de milhão de cadáveres e outras ruínas não o derrubaram, por que não dobrar a aposta na monstruosidade ignorante e tocar o golpe por outras vias? Donos do dinheiro grosso vão reagir ou continuam achando que Bolsonaro ainda está no preço?” – Vinicius Torres Freire, jornalista – Folha de S. Paulo, 21-02-2021.
Os supostos defensores do tal “uso racional” dos recursos amazônicos dirão que Balbina foi muito mal projetada (o que é fato) e que os projeto hidrelétricos do século 21 são muito mais cuidadosos. Bem, o que tem acontecido na usina de Belo Monte deixa claro que a segunda afirmação é, no máximo, uma meia-verdade – por lá, está ficando quase impossível conciliar uma vazão ambientalmente saudável do rio Xingu com as metas de geração de energia. O alerta do efeito sanduíche, portanto, tem implicações bem mais amplas. Convém dar atenção a ele” – Reinaldo José Lopes, jornalista – Folha de S. Paulo, 21-02-2021.
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