20 Março 2019
A má notícia não é surpresa, pois essa possibilidade estava posta há meses. Mais um caso da doença foi confirmado no último dia 23, e assim completamos mais de um ano de transmissão sustentada do sarampo. Com isso, o Brasil vai perder seu certificado de país livre do sarampo, que tinha sido concedido em 2016. O governo brasileiro informou que vai colocar em prática um plano para erradicar, de novo, a doença, com ampliação dos horários nos postos de saúde e a exigência de carteira de vacinação para matrícula em escolas. Hoje isso já é exigido, mas de forma "burocrática", segundo o Estadão.
O ministro da Saúde, Mandetta, quer mandar um projeto para o Congresso. Sua proposta é que o atraso no calendário vacinal não impeça a matrícula, mas traga implicações para os responsáveis, como o encaminhamento para o conselho tutelar.
O problema, como mostra a matéria, é que nem sempre a culpa é dos pais.
Há vacinas oferecidas em frascos com várias doses e, em alguns postos, não se pode abrir um frasco no fim do expediente, para não perder o que não é usado. Alguns municípios recomendam que a criança volte no dia seguinte... Mas às vezes os pais não têm condições de voltar.
A informação é publicada por Outra Saúde, 20-03-2019.
Embora aqui seja residual, na Europa e nos EUA o movimento antivacina é chave para entender os surtos de doenças como sarampo. E Nos EUA eles estão pegando pesado. Quando uma criança morre por doenças preveníveis pela imunização e a família tornam isso público, 'ativistas' se juntam para ir nas redes sociais das mães e postar mensagens do tipo "você está mentindo", "seu filho foi vacinado sim e por isso morreu", "seu filho nem existia" e "você que matou seu filho e inventou essa história", além de xingar palavrões. Pesadíssimo.
Enquanto isso, um político antivacinas da extrema direita italiana – que chegou a classificar como 'stalinista' um programa de vacinas obrigatórias – está internado. Com catapora.
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Brasil vai perder título de país livre do sarampo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU