20 Abril 2018
Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Por meio de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira, teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Quarta feira de cinzas 1
“(...) Porque não espero conhecer novamente
A frágil glória da hora positiva
Porque não penso
Porque sei que nada saberei
Do único verdadeiro poder transitório
Porque não posso beber
Lá, onde árvores florescem, e fontes jorram, pois nada mais há.
Porque sei que tempo é sempre tempo
E lugar é sempre E apenas lugar
E o que é atual é atual só por um tempo
E apenas para um lugar
Alegro-me por serem as coisas como são e
Renuncio à santa face
E renuncio à voz
Porque não posso esperar voltar
Consequentemente me alegro, tendo de construir algo
Pelo que me alegrar (...)”
T. S. Eliot
Fonte: Karen Armstrong. A escada espiral. Memórias. São Paulo: Companhia das Letras, 2005, p. 22 e 24.
T. S. Eliot | Foto: Ellie Koczela - Creative Commons
Thomas Stearns Eliot (1888-1965): Poeta norte-americano radicado na Inglaterra - fato que marcou sua obra - ele é visto como um dos ícones de maior influência na poesia, tendo recebido o Prêmio Nobel de Literatura em 1948. Escritor modernista, também trabalhou como dramaturgo e crítico literário inglês. Entre seus poemas mais célebres, encontram-se: The Love Song of J. Alfred Prufrock, Portrait of a Lady, Preludes, Sweeney among the Nightingales, The Waste Land, Ariel Poems e Unfinished Poems, ambos incluídos nos Collected Poems 1909-1935, Four Quartets.
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T. S. Eliot na oração inter-religiosa desta semana - Instituto Humanitas Unisinos - IHU