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'Essa ideia da sociedade de que ninguém presta é muito perigosa', diz Boris Fausto

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19 Mai 2017

Aos 86 anos, o historiador e cientista social, Boris Fausto já viveu - e relatou - diversos momentos políticos do Brasil. Desde a ditadura de Getúlio Vargas nas décadas de 1930 e 1940, passando pelo período militar em 1964, o impeachment de Fernando Collor em 1992 e, mais recentemente, o de Dilma Rousseff em 2016.

A reportagem é publicada por BBC Brasil 19-05-2017.

No entanto, nenhum deles se compara ao momento que o país está vivendo agora, diz ele - especialmente após as denúncias divulgadas pelo jornal O Globo afirmando que, segundo gravações feitas por dono da JBS, Joesley Batista, o presidente Michel Temer teria dado aval a pagamento para silenciar o ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso. O peemedebista nega a acusação.

"Nunca antes na história desse país houve uma crise tão grande e tão dramática", descreveu Fausto em entrevista à BBC Brasil.

A situação piorou ainda, para ele, com o pronunciamento de Temer negando veementemente tanto as acusações, quanto a possibilidade de renúncia. "Acho que isso, de certo modo, piora porque prolonga essa situação. Mas é de se imaginar que ele queira ganhar tempo pra ver em que pé isso fica. É uma situação extremamente delicada, está um espetáculo."

O historiador não vê uma solução clara para acalmar essa crise que assola o país "há dois, até três anos". No entanto, ele classifica como "perigosa" a tendência de rejeição à política que tem surgido diante de todas as denúncias trazidas à tona pela operação Lava Jato.

"O problema da sociedade, é essa ideia de que 'ninguém presta'. Essa ideia é muito perigosa. Ela abre um espaço muito perigoso. As pessoas começam a se perguntar: então quem presta?", indagou.

"Nessa hora, os salvadores aparecem no imaginário das pessoas."

Autor de "História do Brasil" e ganhador do prêmio Jabuti de 1995, Boris Fausto não consegue ver correlação histórica direta deste momento com qualquer outro pelo qual tenha passado a política brasileira. No entanto, a gravidade da situação, para ele, lembra os anos vividos antes do golpe militar, instituído em 1964.

"Essa crise é a mais grave que já vivemos, não vejo nenhuma outra semelhante a ela. Mas uma conjuntura tão grave assim foi a que vivemos nos anos que precederam o golpe militar", pontuou ele.

Apesar disso, Fausto reitera que não vê qualquer chances de uma nova ditadura militar ser instaurada neste momento - isso porque o Exército não teria tanta voz hoje, como tinha no passado. No entanto, ele alerta para alguns cenários que poderiam contribuir para o agravamento ainda maior da crise política, que poderia aí abrir uma possibilidade de mudança desse quadro.

"Até hoje, as especulações não estão em torno do Exército. Não existe nenhuma conversa entre generais ou qualquer coisa que possa ser indício disso. Mas eu temo que a gente possa chegar a uma situação que mude esse quadro, que empurre militares para intervenção."

Perguntado sobre qual seria essa situação, ele afirmou: "Uma situação de caos social, de desentendimento completo, as manifestações de rua escaparem dos limites. E a polarização contribui para isso. Seria muito triste, mas pode ocorrer."

Falando em polarização, Fausto lembra que, na época que precedeu o golpe militar, a população também estava dividida, e isso favoreceu o fortalecimento do Exército. Ele reforça, no entanto, que aqueles eram tempos em que as Forças Armadas tinham um papel mais decisivo na política - diferentemente de hoje.

"A divisão de opiniões, essas posições muito contrastantes e uma alta mobilização social eram o cenário da época. Só que o Exército tinha um papel decisivo, bem diferente de hoje. Na época, isso deu na ditadura. Hoje, a conjuntura é bem diferente por vários fatores, mas a situação é dramática."

Solução?

Para Boris Fausto, a situação talvez menos dolorosa para acalmar os ânimos no país poderia vir de uma eleição indireta no Congresso, uma das possibilidades listadas na Constituição. Ele acredita que "uma figura em torno da qual houvesse razoável consenso para terminar esse mandato" seria a solução viável nesse momento.

"O Congresso poderia eleger alguém em torno do qual houvesse razoável consenso pra terminar esse mandato e que pudesse criar condições para mais entendimento. Mas teria que ser uma pessoa livre de investigações. Não há mais lugares para as pessoas atingidas pela Lava Jato."

Com a quantidade de nomes de políticos envolvidos com acusações de corrupção na operação, o historiador acredita que seria mais "fácil" encontrar um nome "da sociedade" ou então alguém vindo do Judiciário.

"Seria mais fácil lançar mão de um nome da sociedade. Ou poderia ser alguém do Judiciário que poderia assumir. Mas aí nós temos um precedente não muito animador, lá atrás, em 1945", contou o historiador.

"À época, acho que ele era presidente do Supremo, José Linhares. Ele foi guindado ao poder com respeito geral, afinal era o presidente do Supremo, estava acima de qualquer suspeita. Ele fez um governo de poucos meses, mas andou distribuindo cargos, cartórios, e foi uma grande decepção."

Perguntado sobre o que poderia acontecer agora, diante da instabilidade política que vive o país, Boris Fausto foi categórico: "Eu que sei?". Mas ele admite que seria "tentador" poder escrever uma nova parte para o seu livro "História do Brasil" apenas com os acontecimentos dos últimos três anos - e já tem até um nome para o capítulo: "Circo de Horrores".

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