Canadá combate alterações climáticas ao mesmo tempo que subsidia petrolíferas

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16 Novembro 2016

Um estudo publicado esta terça-feira dá conta de que os planos de combate às alterações climáticas do Canadá estão a ser prejudicados pelos subsídios estatais concedidos a produtores de petróleo e gás. Esses subsídios ascendem aos 3,3 mil milhões de dólares por ano (pouco mais de três mil milhões de euros).

A informação é publicada por Público, 16-11-2016.

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, anunciou o objetivo de estabelecer uma taxa nacional sobre as empresas que não acompanharem os objetivos do país em relação à redução das emissões poluentes até 2018. Mas, segundo o trabalho realizado pelos quatro maiores grupos ambientais canadianos, esta meta pode ficar em risco se os subsídios não forem eliminados.

O montante anual subsidiado destina-se a incentivar a extração, a pesquisa e o desenvolvimento dos combustíveis fósseis, mas as organizações envolvidas na investigação referem que é o equivalente a pagar 19 dólares (mais de 17 euros) aos “poluidores” por cada tonelada de dióxido de carbono que emitem. Ou seja, esta situação entra em conflito com a meta de Trudeau em limitar as emissões de carbono, pois, segundo o estudo, por cada tonelada de dióxido de carbono, o custo será de 50 dólares até 2022.
“Este sistema é como taxar os consumidores que compram cigarros e, ao mesmo tempo, oferecer enormes benefícios fiscais às empresas tabaqueiras que as encorajam a produzir mais cigarros. Não faz sentido”, refere Alex Doukas, da organização Oil Change International.

Os países do G20, no qual se inclui o Canadá, comprometeram-se, em 2009, a eliminar gradualmente os subsídios destinados aos combustíveis fósseis, compromisso que foi reiterado pelo primeiro-ministro canadiano no último mês de março durante uma reunião do G7.

Dale Marshall, do Environmental Defence, explica que, ou o “Canadá elimina progressivamente os enormes subsídios para empresas petrolíferas e de gás” ou o “preço do carbono de Trudeau vai fazer pouco para encorajar os poluidores a cortarem as emissões de carbono”.

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