07 Outubro 2016
O eleitor da cidade de São Paulo é implacável com seus prefeitos. Nunca reelegeu um mandatário na capital paulista. Mas, a mesma sede por alternância de poder não é verificada na Câmara dos Vereadores. Nesta eleição, 33 dos 55 vereadores foram reeleitos. E os novos não são tão novos assim: dentre os 22 novatos, 18 de fato nunca tiveram passagem pela Casa.
A reportagem é de André de Oliveira , publicada por El País, 06-10-2016.
O resultado das urnas do último domingo premiou alguns estratos. O número de evangélicos aumentou – de oito para 14 -– e o de mulheres mais que dobrou: não somente todas as cinco foram reeleitas, como mais seis ocuparão uma cadeira na Casa a partir de janeiro do ano que vem.
A bancada da bala, formada por policiais, ficou reduzida a apenas um representante, o ex-PM da Rota Conte Lopes (PP). Sua campanha por mais segurança, de qualquer forma, o tornou o quarto vereador mais votado, com 80.052 votos.
A coligação que elegeu o prefeito João Doria (PSDB), formada por 13 partidos, não alcançou a maioria na Casa. Elegeu 25, das 55 cadeiras. Por outro lado, o PSDB aumentou seu espaço, passando de oito para 11 vereadores, enquanto o PT perdeu uma cadeira, passando de dez para nove parlamentares. A legenda hostilizada em todo o país conseguiu a proeza de eleger o vereador campeão de votos: Eduardo Suplicy, com 301.446 votos. O PMDB, partido do presidente Michel Temer, também encolheu na capital paulista, passando de três para dois vereadores.
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Vereadores em São Paulo: mais mulheres e evangélicos e pouca renovação - Instituto Humanitas Unisinos - IHU