11 Agosto 2016
O ministro do Turismo da Argentina, Gustavo Santos, antecipou que o pedido poderá ser feito ao Papa Francisco assim que o projeto – que envolve meia dúzia de países do Cone Sul – estiver em um processo mais adiantado. O Sumo Pontífice é o jesuíta mais reconhecido da atualidade.
A reportagem é publicada por Télam, 09-08-2016. A tradução é de André Langer.
“O Papa Francisco converteu-se, atualmente, em uma das figuras mais atraentes e significativas do mundo, e, além de ser argentino, é também jesuíta. Quando o projeto estiver mais adiantado, os países que integram esta Rota vão lhe pedir sua bênção”, disse o ministro em declarações à Télam.
“Estou certo de que a bênção da máxima autoridade da Igreja, que é o nosso Papa, colocará o foco do mundo sobre este rincão da América do Sul para mostrar que existe a possibilidade de turistas de todo o mundo, e, sobretudo, de tantos jesuítas, não apenas de religiosos, mas daqueles que passaram por seus institutos, por suas universidades e escolas que eles têm em cada região do planeta, visitar este circuito”, acrescentou.
Santos, que na sexta-feira inaugurou o Centro de Interpretação ‘Parque Jesuítico Guarani’, situado nas Missões de San Ignacio Miní, onde, além disso, assinou uma série de convênios para o desenvolvimento da Rota dos Jesuítas, destacou que se trata de “um produto integrado”, onde se conjugam “recursos culturais e naturais da Argentina, Brasil, Paraguai, Bolívia, Uruguai” e Chile.
“Trata-se de alguma maneira de encontrar um pretexto maravilhoso, porque é nada mais nada menos que a história dos jesuítas na América; a história desse sincretismo extraordinário entre o espanhol e os povos originários – neste caso o guarani –, que resultou em uma realidade extraordinária, única e irrepetível, que é possível unicamente neste lado do continente”, precisou.
O ministro disse à Télam que o produto será apresentado na Feira Internacional de Turismo que acontecerá em Buenos Aires no mês de outubro, e na Feira Internacional de Turismo de Madri (Fitur 2017), em janeiro do próximo ano, “para que o mundo saiba que neste lado do planeta as pessoas podem viver uma experiência cultural, natural e turística percorrendo estes lugares maravilhosos”, assinalou.
Segundo especificou Santos, o projeto da Rota Jesuítica não será estático, mas está em um contínuo crescimento, com novos eventos e alternativas que a tornem cada vez mais atraente.
Em relação a isso, Santos disse que, com os países que integram o projeto, “estamos cada vez mais unidos, embora ainda seja preciso superar vários obstáculos”, como a questão das fronteiras, os vistos e migrações.
“Faz parte do trabalho da gestão, como aquele que fazemos com as províncias e municípios, e entre o setor público e privado, como demonstra o Centro de Interpretação que inauguramos, feito com a última tecnologia, que é maravilhoso”, precisou.
Santos contou que relatou ao presidente Mauricio Macri que o turismo é uma das indústrias que mais emprego, desenvolvimento e qualidade de vida gera, e, sobretudo, “a permanência das pessoas em suas comunidades”.
“Nós sonhamos que as pessoas fiquem onde nasceram, que sua identidade seja algo que possam oferecer ao visitante e que construam sua dignidade em seu lugar no mundo”, ressaltou.
“Estávamos todos juntos – Nação, Província, Municípios e Países vizinhos – atrás dessa epopeia jesuítica e desta epopeia turística sul-americana que quer propor ao mundo uma nova oferta de produto a partir da Rota dos Jesuítas”, concluiu.
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Rota dos Jesuítas poderá ter a bênção do Papa Francisco - Instituto Humanitas Unisinos - IHU