06 Julho 2016
No artigo “Xadrez do esperto e do sabido na cooperação internacional”, Luis Nassif, jornalista, descreve os legionários da Lava Jato, em artigo publicado por Jornal GGN, 06-07-2016, partindo de que “Sérgio Moro não é agente da CIA. A ideia de que Moro fez um curso nos Estados Unidos e voltou cumprindo ordens é bobagem. Na geopolítica, a cooptação é mais sutil”.
Segundo ele, “não se julgue os legionários da Lava Jato como quintas colunas, espiões, agentes da CIA e quetais. O diagnóstico sobre eles é de outra natureza:
1. São competentes.
Se se analisar a Lava Jato apenas pelos objetivos diretos pretendidos, a operação foi sucesso total, ainda que à custa de 5 pontos de queda do PIB.
2. São idealistas.
São imbuídos da visão missionária de que a ação penal limpará o país. Não lhes peça estudos sobre o papel da transparência, da accountability, dos modelos de gestão. A única maneira de combater o mal é através da punição dos pecados. Junto com os pecadores, há que se dar o fim aos templos de perdição: as empresas que foram instrumento do pecado.
3. São partidários.
O grupo de Curitiba tem lado: é ostensivamente tucano e atua com o objetivo claro de interferir nas disputas políticas.
4. Tornaram-se prepotentes.
Esse é o ponto mais vulnerável, que ainda irá se refletir sobre o grupo. De delegados a procuradores, todos eles se consideram dotados de poderes superiores, como se viu na tentativa de ficar com parte dos recursos recuperados, ou de afrontar os tribunais superiores. Deslumbramento com poder quase nunca termina bem”
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Os Legionários da Lava Jato, segundo Luis Nassif - Instituto Humanitas Unisinos - IHU