Por: André | 08 Junho 2016
O cardeal nicaraguense Leopoldo Brenes lamentou que o presidente do país, Daniel Ortega, não aceite a presença de observadores internacionais nas eleições de novembro, nas quais buscará uma nova reeleição.
A reportagem é publicada por Religión Digital, 07-06-2016. A tradução é de André Langer.
Ortega, proclamado no sábado à noite pelos sandinistas para ser o candidato a uma nova reeleição, criticou os observadores eleitorais da Organização de Estados Americanos (OEA), da União Europeia, o Centro Carter e os “yanquis”, uma alusão aos Estados Unidos, porque, na sua opinião, só se pronunciam em eleições de países onde não têm “seu domínio”.
“É uma lástima que não possam vir personalidades destes organismos que estão sendo convidados em outros países”, disse Brenes, arcebispo da arquidiocese de Manágua, Masaya e Carazo, ao ser consultado por jornalistas.
Para o cardeal Brenes, a observação eleitoral “não é um capricho” dos partidos que participam das eleições, “mas o sentimento da população”.
“Seria interesse que houvesse observação nacional e internacional para que todo o mundo se sinta tranquilo”, defendeu o religioso.
O Supremo Conselho Eleitoral (CSE), que ainda não convida observadores para as eleições de novembro, é acusado pelos opositores de alterar os resultados das eleições municipais de 2008 e presidenciais de 2011 a favor da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), no poder.
A Nicarágua elegerá no dia 06 de novembro um presidente, um vice-presidente, 90 deputados federais e 20 representantes para o Parlamento Centro-Americano (Parlacen).
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Cardeal lamenta que Ortega não aceite a presença de observadores nas eleições nicaraguenses - Instituto Humanitas Unisinos - IHU