Papa Francisco. Paróquias sempre abertas, nada de agendas ou horários para quem bate à porta.

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

31 Mai 2016

O Papa, falando livremente no decurso da homilia da missa do Jubileu dos diáconos, disse que lhe desagradava “quando vejo horário nas paróquias, de tal a tal hora, sendo que depois não há porta aberta, não há padre, não há diácono, não há leigo que receba o povo”.

A reportagem é de Giulia Bonaudi, publicada por Il Giornale, 29-05-2016. A tradução é de Benno Dischinger

Na homilia o Pontífice insistiu, pois, muito nos traços mansos e humildes do serviço cristão, que é imitar Deus servindo os outros: acolhendo-os com amor paciente, compreendendo-os sem cansar-se, fazendo-lhes sentir-se acolhidos, em casa, na comunidade eclesial, onde não é grande quem comanda, mas quem serve, o Papa Bergoglio recomendou sem meias palavras: E jamais censurar em voz alta, jamais.

Assim, caros diáconos – disse ele, retomando o texto escrito – na mansidão amadurecerá a vossa vocação de ministros da caridade. Disponíveis na vida, - concluiu – mansos de coração e em constante diálogo com Jesus, não tereis medo de ser servidores de Cristo, de encontrar e acariciar a carne do Senhor nos pobres de hoje.

E os párocos, o que dizem? Sobre o não aos horários em paróquia se registra um pouco de divisão entre os padres. Não contra um discurso de acolhida, quanto por questões logísticas, às vezes ligadas a carência de pessoal e à disponibilidade das pessoas, outras vezes por razões de seguranças.

Aquilo que pede o Papa – afirma o padre Mauro Manganozzi, da paróquia Nossa Senhora de Lourdes de Tor Marancia, na periferia de Roma – é possível, mas é difícil. A nossa igreja permanece aberta das 8 às 20 horas, em horários no stop: o povo vai e vem. Até durante a pausa para almoço há quem venha pedir e não encontra as portas fechadas. Haverá algum que ponha um pouco de stop, mas nós estamos em primeira linha e damos uma resposta a todos, mesmo nas dificuldades.