Por: André | 23 Mai 2016
Formou-se um grupinho ao redor da presidenta. Em um intervalo da Assembleia Plenária da União Internacional de Superioras Gerais (UISG) realizada em Roma, Carmen Sammut, irmã das Missionárias de Nossa Senhora da África (Irmãs Brancas), atende a outras freiras que a felicitam e inclusive fazem fotos com ela.
Também deixa alguns minutos para atender Vida Nueva e falar sobre o alvoroço provocado pela audiência do Papa à UISG e seu compromisso para criar uma comissão que estude como era o trabalho das diaconisas nos primeiros séculos da história da Igreja.
A reportagem é de Darío Menor e publicada por Vida Nueva, 20-05-2016. A tradução é de André Langer.
Eis a entrevista.
Estão surpresas com o que lhes disse Francisco?
Não estávamos seguras do que podia acontecer. Durante o Sínodo comentei com o papa a possibilidade de ter um encontro com ele durante a nossa Assembleia. Pediram-nos depois que enviássemos algumas perguntas e não sabíamos como iria utilizá-las.
Conseguiram um compromisso importante do papa...
Estamos muito contentes com o fato de que aceitou as nossas sugestões. Indica que uma mudança é possível. Não sabemos como nem quando será, mas está claro que na Igreja a administração dos sacramentos e a tomada de decisões podem estar separadas. As mulheres têm que estar onde são tomadas as decisões, para dar a nossa opinião. Caso contrário, a Igreja não está completa.
A UISG vai propor nomes para integrar a comissão?
Já temos listinha de teólogas que poderiam fazer parte.
Como poderia influenciar em tempos e resultados da comissão o fato de que eventualmente dependa da Congregação para a Doutrina da Fé?
Este dicastério já estudou a questão em 1972 e em 2002 e não houve mudanças. Não há nada tão grande que não possa ser mudada, mas há algo que o impede, talvez a mentalidade. Vejamos quem faz parte da comissão. Também é importante como vão ser tomadas as decisões, porque temos exemplos de outros temas que são estudados, mas em relação aos quais depois não se toma nenhuma decisão.
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“As mulheres têm que estar onde são tomadas as decisões. Do contrário, a Igreja não será completa”. Entrevista com Carmen Sammut, presidente da UISG - Instituto Humanitas Unisinos - IHU