Após conflito Frei Sergio Görgen foi preso em Brasília

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Por: Cesar Sanson | 07 Abril 2016

Frei Sérgio Görgen, OFM nega agressão a jovem que distribuía adesivos contra Dilma, financiados pela FIESP/SP. Ele assinou termo circunstanciado na delegacia e foi liberado.

Reportagem publicada por franciscanos-rs, 06-04-2016. 

Frei Sérgio Görgen, OFM um dos dirigentes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e ex-deputado estadual no Rio Grande do Sul, foi detido na manhã desta quarta-feira (6) em frente ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, em Brasília, após conflito com panfleteiros contratados pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) para distribuir adesivos a favor do golpe contra a presidente Dilma Rousseff. O Frade negou as agressões.

A confusão aconteceu por volta das 11h, quando integrantes do MPA saíram do gramado em frente ao Congresso para ir ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, onde tinham uma audiência marcada com o ministro Patrus Ananias para discutir políticas para os camponeses. O desejo dos agricultores de implantar um programa de produção de alimentos saudáveis que garanta alimento de qualidade no campo e na cidade.

No percurso, o Frade e outro dirigente do MPA, Anderson Amaro receberam do grupo que é financiado pela FIESP folders e adesivos a favor do Golpe. Frei Sergio pegou os folders rasgou e colou no lixo. Ao ver que eles não eram à favor do golpe e que haviam descartado o material, começaram a ofender o grupo. O grupo que a muito tempo luta em defesa e na busca dos direitos dos movimentos sociais começou a argumentar contra a tentativa do golpe. Foi quando Frei Sérgio, que achando que o pato era inflável tirou uma das placas e jogou no chão.

“Uma moça estava distribuindo panfletos e eu pedi mais, mais, mais e ela me deu e eu saí rasgando. Eu estava na frente de um boneco. Eu pensei que era um boneco inflável”, conta. “Tava escrito grande lá no boneco ‘não pague o pato’, aí eu peguei e arranquei aquela placa. Quando eu arranquei a placa, o boneco se mexeu. Tinha gente dentro.”

Frei Sérgio relata que sofreu agressões verbais e foi ameaçado pelos funcionários da empresa contratada pela FIESP/SP. “Quando eu rasguei os panfletos, eles me xingaram bastante. Sofri agressão verbal”, afirma.

Já na versão do dono da empresa S.A., que presta serviço para a FIESP, Mateus Bruno, disse que o frade empurrou um dos funcionários e que ele chegou a cair no chão. Em entrevista ao G1, Bruno disse que a empresa, que presta serviço em Brasília desde a terça-feira da última semana, não tem preferência partidária. “A gente nem sabe exatamente o que acontece dentro da campanha. A gente é pago para entregar panfleto”, afirma.

Em meio a discussão quatro viaturas prenderam os integrantes do MPA, aprendendo os documentos e levando Frei Sérgio para a delegacia.

De acordo com a Polícia Civil, o Frade assinou um termo circunstanciado, que será encaminhado à Justiça, e foi liberado.