14 Janeiro 2015
"Dilma teve uma primeira decisão e deve ter sido difícil para ela porque está sendo altamente criticada tanto no PT quanto entre os economistas de Campinas por colocar o Joaquim Levy (no Ministério da Fazenda). Não existe ninguém mais ortodoxo no Brasil. Fora o Meirelles (Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central), é difícil encontrar alguém mais ortodoxo do que o Joaquim no Brasil. Ela colocou lá um símbolo", afirma Edmar Bacha, economista, diretor da Casa das Garças, um instituto de estudos de política econômica que reúne economistas liberais, em longa entrevista publicada pelo jornal Valor, 14-01-2015.
Ele integrou o governo Fernando Henrique Cardoso durante a elaboração do Plano Real e se mostra animado com os discursos mais "modernizantes" neste início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
Segundo ele, "a direção é essa, a do ajuste. Obviamente há um problema muito sério, porque essas coisas você precisa fazer primeiro com convicção e segundo, com credibilidade. E, infelizmente, dada a experiência da Dilma no primeiro mandato, não parece que ela tenha convicção. E credibilidade ela não tem. O fato de ter que ganhar esse espaço torna o ajuste mais custoso e, portanto, mais problemático. É um problema que nós não teríamos".
O jornalista interrompe: "Nós?"
"A equipe do candidato (Aécio) para o qual declarei meu voto", responde Bacha.
A integra da entrevista está aqui.
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"Não existe ninguém mais ortodoxo no Brasil do que Joaquim Levy", diz diretor da Casa das Garças - Instituto Humanitas Unisinos - IHU