01 Dezembro 2014
Clima
“A minha função é desqualificar o clima de catástrofe que a gente está vivendo” – Luís Carlos Mendonça de Barros, economista, ex-ministro do governo FHC – Valor, 01-12-2014.
Casa das Garças e Unicamp
“Nos quatro primeiros anos da Dilma, em cima [das ideias] do pessoal da Unicamp, achavam que aumentar a demanda era para sempre. Não existe isso! Preciso voltar a poupança para 18%, que é nosso nível normal. Porque também fica o pessoal da Casa das Garças achando que vamos para 30% de poupança, mas o brasileiro não vai chegar a isso. E como se volta aos 18%? Aumentando poupança do governo. Daí se entende, porque ela se ancorou na equipe anunciada” – Luís Carlos Mendonça de Barros, economista, ex-ministro do governo FHC – Valor, 01-12-2014.
Correto
“Eu acho que está correto. O PSDB está reclamando, mas política é assim. Do nosso ponto de vista, de analista de futuro da economia, a gente tem que entender o que aconteceu. Deixa para os outros criticarem a ética ou a não ética” – Luis Mendonça de Barros, ex-ministro de FHC, respondendo à pergunta: “Ela vendeu uma coisa e fez outra, como dizem alguns críticos?”- Valor, 01-12-2014.
O mandato de Levy
“É preciso entender o mandato de Levy. Ele não tem mandato para fazer uma revolução liberal no país, mas para fazer um primeiro ajuste, sem mexer muito no crescimento. E ele sabe disso” – Luís Carlos Mendonça de Barros, economista, ex-ministro do governo FHC – Valor, 01-12-2014.
Dilma e Quércia
“A Dilma aprendeu com a sabedoria do Orestes Quércia [ex-governador de São Paulo]. Uma vez ele me convidou para ser secretário da Fazenda. Ele disse "Luiz Carlos, é o seguinte. Vai lá, você tem dois anos para apertar o cinto e deixar dinheiro no caixa. Passados dois anos, eu te mando embora e chamo outro para gastar o dinheiro". Já vi gente de mercado dizendo que, se o ajuste der certo, no terceiro ano o Brasil pode crescer 2,5%. Que é o que ela precisa para olhar para frente” – Luís Carlos Mendonça de Barros, economista, ex-ministro do governo FHC – Valor, 01-12-2014.
Porta do inferno
“Eu acho que a gente tem que acreditar que ela [Dilma] olhou a porta do inferno e, como o Lula, resolveu mudar efetivamente a forma de conduzir a economia” – Luís Carlos Mendonça de Barros, economista, ex-ministro do governo FHC – Valor, 01-12-2014.
Chave...
“Peemedebistas passaram a dizer que a indicação de Henrique Alves (PMDB-RN) para o ministério de Dilma pode atrapalhar os planos de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na disputa pela presidência da Câmara” – Vera Magalhães, jornalista – Folha de S. Paulo, 01-12-2014.
... da porta
“Se Alves for nomeado em janeiro, o vice Arlindo Chinaglia (PT-SP) assume o comando da Casa. O petista, possível adversário de Cunha, controlaria o processo eleitoral e a máquina da Câmara até a escolha do novo presidente, em fevereiro” – Vera Magalhães, jornalista – Folha de S. Paulo, 01-12-2014.
Classista
“Diante da escolha de Kátia Abreu, da CNA, para o Ministério da Agricultura e Armando Monteiro, ex-CNI, para o Desenvolvimento, a CUT quer nomear alguém dos seus quadros para o Ministério do Trabalho” – Vera Magalhães, jornalista – Folha de S. Paulo, 01-12-2014.
Piquete
“A central alega que o PDT, que comanda a pasta, perdeu inserção no movimento sindical. O nome defendido pelos cutistas é José Lopez Feijóo, assessor de Gilberto Carvalho na Secretaria-Geral da Presidência” – Vera Magalhães, jornalista – Folha de S. Paulo, 01-12-2014.
Solilóquio shakespeariano
“Dilma indecisa quanto à formação do seu ministério, num solilóquio shakespeariano: “Ser ou não ser de esquerda, quando a direita me chama como um abismo... Ser autêntica e atrair a ira de um Congresso rebelde e de um mercado que treme como num sismo? Ou esquecer ideais e aceitar os conselhos de alguém que não sou eu. E escolher o Levy e a Katia Abreu?” – Luís Fernando Verissimo, escritor – Zero Hora, 30-11-2014.
Deu fé
“Em meio às denúncias de corrupção na Petrobras, funcionários da estatal em Salvador assistiram a uma palestra sobre ética com Frei Betto, na sexta. "Fui convidado umas duas semanas antes. Mas nem estava botando muita fé... Acontece de desmarcarem um dia antes", diz ele, que não mencionou a crise. "Falei da parte teórica” – Mônica Bergamo, jornalista – Folha de S. Paulo, 01-12-2014.
Murchou
“O PT foi um partido de ideia. Resta pouco daquele partido e quase nada da ideia. O governo Lula igualou a conduta partidária dos petistas à dos demais partidos grandes. No governo Dilma, o PT ficou imperceptível, murchou mesmo. O partido do governo foi o PMDB, que se impôs como tal. Não para servir. Para se servir” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 30-11-2014.
Capitalização
“Uma boa pergunta, com elaboração acrescida: os derrotados das três últimas eleições querem retomar o Poder, e a política de Joaquim Levy vai capitalizá-los; e Dilma e o PT, poderão mesmo repetir o primeiro mandato de Lula, cedendo no começo para fazer a festa nos dois anos finais?” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 30-11-2014.
Religião
“O PT acredita que, com ou sem presente de Joaquim Levy para os anos finais de Dilma, Lulalá decide 2018. Mas aí já é a religião lulista, e aprendi que religião não se discute” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 30-11-2014.
No mais
“Eu respeito até quem acredita em saci, mula sem cabeça, duende e Papai Noel. Mas não merece respeito o empreiteiro que vier dizer que contratou os serviços de consultoria de Alberto Youssef de boa-fé. Aos 47 anos, o cara já tinha sido preso quatro vezes. Bastava dar um google para saber que ele não prestava” – Ancelmo Gois, jornalista – O Globo, 30-11-2014.
Batalha dos padres
“O CD mais vendido deste ano será de um padre. O que ainda não dá para saber é se será o de Marcelo Rossi, lançado pela Sony, ou o de Alessandro Campos, da Som Livre. Cada um já vendeu, até agora, cerca de um milhão de cópias” – Ancelmo Gois, jornalista – O Globo, 30-11-2014.
Calma, gente!
“Pesquisa recente aponta que 17% dos brasileiros já pensaram em se matar. O dado está na cartilha “Suicídio: informando para prevenir”, lançada pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Brasileira de Psiquiatria” – Ancelmo Gois, jornalista – O Globo, 30-11-2014.
Aécio venceu na PUC
“Uma chapa de oposição, próxima ideologicamente dos tucanos, venceu a eleição para o Diretório Central dos Estudantes da PUC-Rio. A liderança do movimento estudantil sempre foi uma espécie de reserva de mercado dos partidos de esquerda. No caso da PUC, o PT” – Ancelmo Gois, jornalista – O Globo, 30-11-2014.
Deus com desconto
“Até a Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, aderiu ao Black Friday. Sexta, um cartaz na igreja dizia que a livraria da paróquia estava com 15% de desconto nos livros e nos santos” – Ancelmo Gois, jornalista – O Globo, 30-11-2014.
Parábola bíblica
“A falta d’água, em São Paulo, recontada como uma parábola bíblica: “E Deus apareceu para Alckmin e disse: ‘Suas preces foram ouvidas, choverá 40 dias’. E Alckmin disse: ‘Sério?’. E Deus disse: ‘Palavra de Deus’. E instruiu: ‘Construa uma arca, pois a chuva trará um grande dilúvio que cobrirá São Paulo, e só os que estiverem na arca sobreviverão’. E Alckmin disse: ‘Senhor, obrigado pela boa intenção, mas...’. E ponderou: em vez de fazer chover por 40 dias e submergir São Paulo, por que Deus não regulava a quantidade do que cairia sobre o Estado, como sempre fizera, e mandasse apenas o bastante para encher os reservatórios? Não era preciso nada espetacular como 40 dias de chuva, ou pouco prático como uma arca em que coubesse todo mundo. Ou quase todo mundo. Sim, porque haveria a questão política: quem incluir e quem excluir da arca? Quem salvar do dilúvio para reconstruir São Paulo quando as águas baixassem? Não poderia ser só gente do PSDB, por mais que isso fosse o recomendável. Outra coisa: só seria possível construir a arca com auxílio do governo federal. Deus teria que aparecer para a Dilma, também, e convencê-la a ajudar. Depois, haveria a questão de dividir os créditos pela obra. O PT fatalmente iria querer ser reconhecido. E outra coisa... Mas Deus já estava se afastando, dizendo ‘Esquece, esquece...’ Alckmin ainda gritou: ‘Quem sabe 10 dias de chuva? Quinze?’. Mas Deus já tinha desaparecido” – Luís Fernando Verissimo, escritor – Zero Hora, 30-11-2014.
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