Por: André | 21 Agosto 2014
“Cristo não anula as culturas”, mas “combate e derrota o maligno, que semeia cizânia entre o homem e o homem, entre povos e povos”. O Papa Francisco dedicou à viagem à Coreia do Sul (de 13 a 18 de agosto) a catequese da Audiência Geral no Salão Paulo VI do Vaticano. Convidando novamente para rezar pela reconciliação da península coreana, o Papa Francisco convidou milhares de fiéis presentes para rezar pelos cristãos “e por essas minorias religiosas, não cristãs, mas igualmente perseguidas” no Iraque.
Fonte: http://bit.ly/1AxyICq |
A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi e publicada no sítio Vatican Insider, 20-08-2014. A tradução é de André Langer.
Na audiência, estava presente uma delegação de seus “corvos” do San Lorenzo de Almagro, que acaba de ser campeão da Copa Libertadores da América. Em um emotivo momento da Audiência Geral, os pêsames e aplausos por partes dos fiéis pelo acidente no qual se viu envolvido a família de Bergoglio na Argentina. “Também o Papa tem uma família”, disse Bergoglio ao agradecer pelas orações durante as saudações em diferentes línguas.
“A beatificação de 124 mártires e o encontro com os jovens permitiu-me apresentar a Igreja como uma família que transmite às novas gerações a fé recebida de seus antepassados”, relatou o Bispo de Roma, a poucas horas do retorno do seu encontro com representantes de toda a Ásia, na catequese da quarta-feira, 20 de agosto. Diante da multidão de peregrinos que encheram o Salão Paulo VI, Francisco manifestou, em primeiro lugar, sua gratidão a Deus e a todos: “No meu retorno da viagem apostólica à Coreia, quero dar graças a Deus e a todos os que contribuíram para a sua realização, especialmente os bispos coreanos, a Senhora Presidenta e as Autoridades locais”, disse.
E o sucessor de Pedro voltou a trazer-nos à memória a vigorosa imagem dos mártires coreanos que ergueram e sustentaram a comunidade católica da Coreia, tão fortemente presentes durante esta peregrinação apostólica. “A memória dos mártires, que foram capazes de entregar suas vidas por aquilo em que acreditavam, constitui um exemplo para os jovens de hoje e lhes dá motivos para viver com esperança” – disse o Papa. “A Igreja coreana nasceu da fé de alguns fiéis leigos que, fascinados pela sabedoria das Escrituras, as estudaram e as adotaram como regra de vida. Suas aldeias se inspiraram na comunidade apostólica de Jerusalém, que tinha tudo em comum. Por isso, animei os cristãos de hoje para serem solidários com os mais pobres e marginalizados”.
Francisco referiu-se também à missa que rezou pela paz e pela reconciliação da península coreana dividida em norte e sul: “Além disso, tive a oportunidade de fazer um apelo e uma oração pela reconciliação de todos os filhos da terra coreana, que ainda sofrem as consequências de guerras e divisões”.
Em sua saudação em espanhol o Papa animou os peregrinos, exortando: “Que a peregrinação ao Sepulcro dos Apóstolos Pedro e Paulo aumente sua fé e estimule sua caridade para com os mais pobres e necessitados”.
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O Papa, depois da visita à Coreia do Sul: Cristo não anula as culturas. A oração pelo Iraque - Instituto Humanitas Unisinos - IHU