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Chefe da segurança da seleção de 1970 era torturador, diz jornalista em seminário

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Por: Jonas | 09 Junho 2014

A influência militar na seleção brasileira da Copa de 1970 estava nos postos de comando e vigilância. O jornalista Silvio Lancellotti contou, em debate realizado nesta semana no Memorial da Resistência de São Paulo, que o chefe da segurança da delegação brasileira na época, nome pouquíssimo mencionado, era o major Roberto Câmara Ipiranga dos Guaranis. "Era um torturador", revela. O jornalista disse também que, então muito jovem, recebeu um aviso, em tom cordial e até camarada, do capitão Cláudio Coutinho, preparador físico da seleção de 70 e que veio a ser técnico do time brasileiro na Copa de 1978. "Garoto, cuidado, temos sua ficha. Não precisa se mandar, só fique quieto", teria dito Coutinho, segundo Lancellotti.

A reportagem é de Eduardo Maretti, publicada pela Rede Brasil Atual, 08-06-2014.

Em 1970, o Brasil era presidido pelo general Emílio Garrastazu Médice. "Mas ele aparecia desassociado da ditadura. Era presidente, não general, e era mostrado como um torcedor", lembrou Lívia Magalhães, doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense, e autora do livro Histórias do Futebol.

Enquanto o país vivia sob estado de exceção, a seleção se preparava para a Copa do Mundo. E não só a segurança, mas o próprio comando da seleção era exercido por militares. "Na seleção, o capitão Cláudio Coutinho era quem mandava. Era educado, falava cinco línguas e dizem que era do Para-Sar (Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento), da Força Aérea Brasileira", lembrou o também jornalista Juarez Soares. "Coutinho não estava lá por acaso. Zagallo e Carlos Parreira lá estavam, e estão até hoje ligados à seleção. Não estão aí por acaso". De acordo com Soares, o médico Lídio Toledo, morto em 2011, "era o informante do João Havelange".

Eduardo Roberto Stinghen, mais conhecido como Ado, então goleiro do Corinthians e reserva de Félix na equipe de Zagallo, disse que os jogadores não se preocupavam com política e só pensavam em ganhar o título. "Não líamos jornal, não víamos TV. Ganhar a Copa era nosso objetivo. Não tínhamos ciência do que acontecia", declarou o goleiro.

Havelange, então presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), foi eleito presidente da Fifa em 1974, cargo que ocupou até 1998. É um personagem poderoso e obscuro, sobre o qual, segundo Silvio Lancellotti, muito pouco foi contado. "Um dia a história ainda vai contar a história de João Havelange", afirmou, em tom enigmático.

Para Lívia Magalhães, é fundamental debater o papel da Fifa, quando se discute a relação entre política e futebol. A entidade, que assume papel de poder tão grande que suas diretrizes suplantam as próprias regras dos estados em que organiza seus eventos, é muito pouco conhecida, acredita a historiadora. Ela contou que conheceu o prédio da entidade em Zurique e ficou impressionada com o estilo das instalações. "Cheguei lá e vi um jardim, uma coisa nem tão luxuosa, e quando entrei no elevador ele se movimentou para baixo, ao invés de ir para cima. As coisas são no subterrêneo. Tudo na Fifa é subterrâneo", relatou.

Vinte e quatro anos antes da posse de Havelange, na histórica final da Copa do Mundo de 1950 no Brasil, aconteceu um dos episódios mais emblemáticos da relação entre política e futebol, e do uso de um discurso populista tentando se apropriar dos dividendos da popularidade do futebol. Faltando dez minutos para o início da final entre Brasil e Uruguai no Maracanã com 200 mil pessoas, o então prefeito do Rio de Janeiro, Mendes de Morais, declarou ao microfone, dirigindo-se aos jogadores brasileiros: "Eu cumpri minha palavra construindo esse estádio, cumpram agora seu dever vencendo a Copa do Mundo".

Segundo Lívia Magalhães, nesta nova época de Copa do Mundo no Brasil, incrementada por protestos, manifestações e greves de todos os tipos e matizes políticos, é também importante lembrar aspectos positivos, e não apenas negativos, da relação futebol e política. Como, por exemplo, um episódio em 1981 no Uruguai, em plena ditadura naquele país, quando pela primeira vez aconteceu uma manifestação pública, de grandes proporções, contra o regime militar. "Vai acabar, vai acabar a ditadura militar", começou de repente cantar a torcida no estádio Centenário, lotado com 71 mil pessoas que viram o Uruguai derrotar o Brasil por 2 a 1 e levantar o título.

Lívia menciona também a "Democracia Corintiana" dos anos 1980 como aspecto positivo importante. "Foi um movimento fundamental e é muito esquecido. Fala-se muito pouco da Democracia Corintiana. As pessoas mais jovens conhecem muito pouco", frisou.


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