“O catequista desperta nos outros a memória de Deus”. Francisco na missa com os catequistas

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Por: André | 30 Setembro 2013

“Cuidado, despreocupados de Sião e todos os que se consideram seguros... reclinados em leitos de mármore”, comem, bebem, cantam, divertem-se e não se preocupam com os problemas dos outros. O Papa Francisco, na homilia da missa para os catequistas no Ano da Fé partiu destas “duras palavras” do profeta Amós, da primeira leitura, para descrever “um risco que todos corremos”. O “da comodidade, da mundanidade na vida e no coração, de ter como centro o nosso bem-estar”. Ao final, explicou, fazemos com que a vida consista em ter, nas coisas, perdemos o nosso rosto, como o rico do Evangelho, que “não tem nome” porque “as coisas, isto é, o que possui, são seu rosto”. Isto acontece, indicou Francisco, “quando perdemos a memória de Deus” e tudo se reduz ao “eu, ao meu bem-estar”.

 
Fonte: http://bit.ly/16L5DlC  

A reportagem é de Andrea Tornielli e publicada no sítio Vatican Insider, 29-09-2013. A tradução é de André Langer.

“Ao vê-los – continuou Francisco –, eu me pergunto: quem é o catequista? É aquele que guarda e alimenta a memória de Deus; a guarda em si mesmo e sabe despertá-la nos outros”. Como fez Maria, que depois da Anunciação não pensou na “honra, no prestígio, nas riquezas”, mas foi ajudar a anciã parente que estava grávida, Isabel, e quando chegou louvou a iniciativa de Deus no “Magnificat”.

“A fé – acrescentou Bergoglio – contém justamente a memória da história de Deus conosco, a memória do encontro com Deus que toma a iniciativa, que cria e salva, que nos transforma; a fé é memória da sua Palavra que aquece o coração, das suas ações de salvação com que nos doa vida, nos purifica, nos cuida e nos nutre. O catequista é justamente um cristão que coloca esta memória a serviço do anúncio; não para fazer-se notar, não para falar sobre si, mas para falar de Deus, de seu amor e da sua fidelidade”. O catequista, acrescentou, “é um cristão que eleva em si a memória de Deus, deixa-se guiar pela memória de Deus em toda a sua vida, e a sabe despertar no coração dos outros. Isto é difícil! Empenha toda a vida!”.

Ao terminar a missa com os catequistas, o Papa Francisco rezou o Angelus com os milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro. Ao saudar o Patriarca greco-ortodoxo da Antioquia e de todo o Oriente Médio o Bispo de Roma convidou para rezar, uma vez mais, pela paz na Síria e no Oriente Médio. Também saudou, em espanhol, um grupo de peregrinos nicaraguenses e recordou a beatificação que aconteceu neste sábado na Croácia do sacerdote mártir Miroslav Bulešić.