Colisão com torre eólica já matou 67 águias em cinco anos nos EUA, diz estudo

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Por: Cesar Sanson | 17 Setembro 2013

É o primeiro censo sobre impacto de energia renovável na população de águias. Número pode ser subestimado, apontam pesquisadores.

A reportagem é publicada por Globo Natureza, 16-09-2013.

Estudo publicado nos Estados Unidos aponta que ao menos 67 águias morreram nos últimos cinco anos após colidirem com torres de energia eólica, um número que, segundo cientistas, é preocupante e pode ser ainda maior.

A pesquisa, publicada Journal of Research Raptor, é uma das primeiras contagens de mortes de águias atribuídas à crescente indústria de energia eólica do país, considerada um dos pilares do plano do presidente Barack Obama para reduzir a poluição global, responsável pelo aumento da temperatura e pelas mudanças climáticas.

Parques eólicos são aglomerados de turbinas com tamanhos que podem chegar ao de um prédio de 30 andares. Embora as lâminas parecem se mover lentamente, elas podem atingir velocidades altas nas pontas.

Os cientistas dizem que fazendas eólicas em dez estados dos EUA já mataram ao menos 85 águias desde 1997, sendo que a maioria dos óbitos ocorreu entre 2008 e 2012, período que coincide com a expansão das fazendas eólicas. Os estudiosos afirmam que o número de óbitos pode ser muito maior, já que as empresas relatam poucos casos e de forma voluntária.

A maioria dos óbitos (79) foram de águias-douradas que colidiram com as turbinas. Uma delas, segundo o estudo, foi eletrocutada por linhas de energia. De acordo com o vice-presidente da Associação Americana de preservação de pássaros, tais informações são um “registro alarmante e preocupante”.

A Associação Americana de Energia Eólica informou em comunicado que o total de mortes causadas pelas usinas eólicas é muito menor se comparado a outras causas. O grupo informou que trabalha junto ao governo e a grupos ambientais para encontrar formas de evitar que novas águias sejam vítimas.

De acordo com o Departamento de Pesca e Vida Selvagem, há investigações abertas sobre a morte de 18 pássaros envolvendo instalações eólicas. Sete delas foram encaminhadas ao Departamento de Justiça.