06 Junho 2013
Você está conversando com uma pessoa, de repente, ela olha para o celular ou para alguém.
Isso parece estar acontecendo mais do que nunca - em reuniões de trabalho, na mesa do jantar e até mesmo em festas intímas - e há indícios de que o declínio do contato olho no olho é um problema crescente.
A reportagem é de Sue Shellenbarger, publicada pelo The Wall Street Journal e reproduzida pelo jornal Valor, 05-06-2013.
Adultos mantêm contato olho no olho entre 30% e 60% do tempo, em média, durante uma conversa, diz a empresa de análises de comunicação Quantified Impressions. Mas a companhia texana diz que as pessoas deveriam olhar nos olhos das outras entre 60% e 70% do tempo para criar uma sensação de conexão emocional, de acordo com a análise de 3.000 pessoas durante conversas individuais ou em grupos.
Uma barreira para o contato é o uso constante de dispositivos móveis para executar diversas tarefas simultaneamente. Entre os jovens na faixa dos vinte anos, "quase se tornou culturalmente aceitável atender o telefone durante o jantar ou checar o resultado de partidas esportivas", diz Noah Zandan, diretor-presidente da Quantified Impressions.
Alguns psicólogos dizem que as pessoas têm "medo de estar perdendo algo" em termos de oportunidades sociais, diz um estudo publicado este ano pelo "Computers in Human Behavior".
Por causa da tendência de trabalhar de casa ou outros tipos de trabalho remoto, as pessoas se acostumaram a falar sem manter contato olho no olho, diz Dana Brownlee, fundadora da Professionalism Matters, uma empresa de preparação de executivos em Atlanta. Ela cita um gerente de uma empresa de serviços financeiros que começou a oferecer prêmios para estimular sua equipe a fazer reuniões cara a cara. "As pessoas estavam fazendo teleconferências de baias que estavam apenas a alguns passos uma da outra," diz Brownlee.
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Era do smartphone reduz contato olho no olho - Instituto Humanitas Unisinos - IHU