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05 Abril 2013

Em seu novo livro, Il volto do Dio [O rosto de Deus] (Ed. Vita e Pensiero), o filósofo inglês Roger Scruton explica como metafísica e religião ainda podem dar respostas à nossa profunda condição de solidão.

Reproduzimos aqui um trecho da obra, publicado no jornal La Repubblica, 04-04-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Os seres humanos sofrem a solidão em todas as circunstâncias da sua existência terrena. Eles podem se sentir sozinhos mesmo acompanhados; podem entrar em uma sala cheia de pessoas amigáveis e descobrir que isso aumenta a sua sensação de solidão; podem se sentir sozinhas até quando estão com um amigo ou com o cônjuge.

Há, portanto, uma solidão humana que provém de uma fonte diferente da falta de companhia, um fato que os místicos justamente formularam em termos metafísicos. O hiato entre o ser autoconsciente e o seu mundo não pode ser superado por qualquer processo natural. Trata-se de uma inadequação sobrenatural, que somente a graça pode corrigir.

Cheguei com relutância a essa conclusão e pretendo concluir as minhas considerações dizendo algo sobre a presença de Deus neste mundo e sobre por que a nossa incapacidade de encontrá-lo é causa de uma inquietação tão profunda. Muitos pensadores chegaram a essa posição, mas as tentativas de encontrar um fundamento a ela incorrem em dificuldades lógicas e metafísicas.

Talvez não exista um modo de afirmá-la que não seja viciado por imperfeições fatais. Os autores que veem a solidão existencial da pessoa como eu a vejo, isto é, como a aspiração de se dissolver na subjetividade de Deus, escreveram a respeito de modo tão obscuro a ponto de me fazer duvidar de ser capaz de fazer melhor. Penso em Kierkegaard, Lévinas e Berdyaev, e também em Hegel, cuja visão é reforçada justamente pelos violentos ataques que eles lhe dirigiram.

Hegel defendia que nós, criaturas autoconscientes, nos tornamos o que somos essencialmente, graças a um processo de conflito e solução. A autoconsciência existe em nós como uma condição a realizar, e nós a adquirimos através da Entäusserung, ou seja, da construção da arena pública em que pode ocorrer o diálogo entre o eu e o outro. O eu torna-se real graças ao reconhecimento do outro. A linguagem, instituições, leis são os veículos através dos quais chegamos à Selbstbestimmung, a certeza de si, que também é limitação de si e reconhecimento da fronteira entre o eu e o outro.

Ver-me como outro para o outro me situa também em uma relação de alteridade para mim mesmo, e este é o "momento" – nas palavras de Hegel – da autoalienação, em que os sujeitos se tornam estranhos para si mesmos, vinculados por leis externas, impedidos na sua liberdade e em revolta contra as restrições externas. Uma fratura fatal divide, assim, o nosso mundo, a fratura entre sujeito e objeto que se abre dentro de nós.

Reparar essa fratura significa conciliar o meu olhar de algum lugar com os olhares alheios a partir dos quais sou cercado, de modo que aquilo que eu sou ao olhos dos outros se torne compatível com o aquilo que eu sou para mim. Segundo Hegel, isso acontece objetivamente mediante as leis e as instituições e, subjetivamente, mediante a arte e a religião. São esses os modos pelos quais voltamos a nos conectar com o mundo do qual a nossa luta pela liberdade e pelo conhecimento de si nos separou.

Hölderlin, em parte, expressou esse modo de ver com os seus hinos à terra natal e ao retorno para casa – uma ir embora que também é um voltar atrás. Essa sua viagem espiritual foi reproposta em épocas mais recentes, e no contexto de uma geografia das emoções em mudança, nos Quatro Quartetos de T. S. Eliot.

Para o crente, a viagem de saída, rumo à alienação (expressada, na tradição judaica e cristã, pelo relato do pecado original e da expulsão do paraíso terrestre) requer a viagem oposta rumo à redenção. Santo Agostinho expressou essa exigência com a famosa fórmula: "Inquieto está o nosso coração enquanto não repousar em ti" (Confissões I, 1).

O mesmo fizeram os místicos do sufismo com as suas invocações da Unidade como fonte da luz concedida ao murhid, o guia espiritual. E, efetivamente, muitas grandes religiões parecem ter a estrutura da dialética hegeliana: uma inocência original, em que a alma está unida ao mundo e ao seu criador; uma "queda" ou rebelião, em que a alma se "realiza" como indivíduo livre, mas também é condenada à insatisfação; um retorno final à terra natal através da disciplina e do sacrifício para reconquistar a harmonia com o cosmos (redimidos pelo Salvador, libertos no Nirvana, entre os braços de Brahma, ou simplesmente adormecidos com os antepassados no lugar do último repouso).

A solidão metafísica do sujeito não é uma condição historicamente passageira, mas sim um universal humano. A criatura com pensamentos sobre o "eu" é responsável pelos outros e vê a si mesma de fora, como um outro aos olhos dos outros. A eterna tentativa de unir o eu que julga e o outro que é julgado é o modo de viver religioso: todas as grandes religiões são estratégias para realizar essa façanha de voltar àquele "fogo refinador / onde tu deves te mover sob medida, como um dançarino" (T. S. Eliot, Little Gidding).

Toda religião promete a unificação com o cosmos, indica em pietas e obediência os meios pelos quais se pode obtê-la, discrimina entre puro e impuro, tem tempos, lugares e ritos sagrados graças aos quais o eterno pode ser encontrado no tempo e o indivíduo pode ser purificado e redimido. Toda religião dá ao indivíduo o conforto de uma comunidade estável. Todas essas características da religião são consequências de uma imprescindível condição metafísica: a de criaturas que devem dar conta do que são e fazem, e que buscam merecer e receber perdão e aprovação.

A religião, por isso, tem início na experiência da comunidade e no desejo de nos reconciliarmos com aqueles que nos julgam, porque a sua benevolência nos é necessária. Culpa, vergonha e remorso são aspectos necessários da condição humana. São o resíduo dos nossos erros e o sinal de que estamos livres de cometê-los.

Mas também nos guiam a uma forma mais alta de reconciliação; uma reconciliação em que a nossa culpa está plenamente reconhecida e perdoada. Para o ateu, essa aspiração deve ser negada ou, no limite, dirigida em direção ao estoicismo – a direção de quem aceita o destino, obtendo assim outro tipo de unidade entre si e o mundo. Para o crente, ao invés, a redenção é uma emancipação das coisas deste mundo e uma identificação com um transcendente EU SOU.

Para quem tem fé em Deus, essa é a consolação das aflições humanas. Os sofrimentos derivam da carga de responsabilidade que assumimos como membros da nossa comunidade. A culpa é o preço da nossa subjetividade, e a subjetividade de Deus é a sua cura.


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