Por: André | 07 Setembro 2012
No mesmo dia em que o governo colombiano manifestou sua intenção de avançar no processo de paz com as Força Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), morreram quatro membros da organização. Entre as vítimas encontra-se o chefe de uma célula que opera no nordeste da Colômbia.
A reportagem está publicada no jornal argentino Página/12, 06-09-2012. A tradução é do Cepat.
Enquanto estavam sendo divulgados os nomes da equipe designada para negociar a paz com as FARC, a Força Aérea informou que o fato aconteceu em um bombardeio efetuado nesta quarta-feira no departamento (Estado) de Santander. A operação foi executada por essa força a partir de informações de inteligência da Polícia Nacional, que localizou um acampamento da Companhia Móvel Bari da frente 33 das FARC em um setor rural do município de Hacarí, próximo à fronteira com a Venezuela. Após os ataques dos aviões militares foram encontrados os corpos de quatro guerrilheiros, entre eles “Danilo García” (apelido), o chefe máximo dessa célula, e sua companheira. O chefe guerrilheiro, cujo nome verdadeiro é José Epimenio Molina, era pedido em extradição pelos Estados Unidos por narcotráfico e tinha contra si nove ordens de prisão por terrorismo, rebelião, tráfico de drogas, homicídio e sequestro. Segundo notícias divulgadas por diversos canais, García era amigo próximo do líder máximo das FARC, Rodrigo Londoño, apelidado de “Timochenko”, que se move por setores da fronteira com a Venezuela, segundo os organismos de inteligência.
O governo colombiano oferecia uma recompensa de 800 milhões de pesos, cerca de 442 mil dólares, por informações que permitissem a prisão de García. O Exército informou na quarta-feira que, em outra operação militar, foi morta Yorleny Valencia, codinome “Johana”, quinta na estrutura de comando da coluna Teófilo Forero das FARC, que opera no sudoeste do país.
O governo e as FARC anunciaram na quarta-feira que no começo de outubro próximo iniciarão, na Noruega, um processo de paz que depois será transferido para Cuba. As partes decidiram iniciar as negociações sem um pacto prévio de cessar-fogo.
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Colômbia. Negociam, mas também combatem - Instituto Humanitas Unisinos - IHU