Na Índia, seis mulheres se suicidam por dia em função da cultura do dote

Mais Lidos

  • Celular esquecido, votos mal contados. O que aconteceu no Conclave. Artigo de Mario Trifunovic

    LER MAIS
  • Dossiê Fim da escala 6x1: Redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6x1: Desafios e estratégias sindicais no Brasil contemporâneo

    LER MAIS
  • O ato de cuidado e proteção a padre Júlio Lancellotti. Carta de Toninho Kalunga

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

19 Março 2008

Aos menos seis mulheres se suicidam por dia na Índia por extorsões do marido ou de sua família. Por detrás das extorsões, chantagem e assédio reside a cultura do dote que a mulher deve ao homem ao contrair o casamento. O expediente é proibido por lei, mas continua em voga no país.
Radha, uma mulher de 23 anos preferiu morrer a continuar vivendo. Não suportava a pressão da família do seu esposo. Assediada constantemente porque acreditavam que os seus pais não lhe haviam dado um dote suficiente. O caso de Radha não é isolado. Na Índia mais de seis mulheres se suicidam a cada dia por problemas de dotes, segundo o Escritório Nacional de Registros de Crime. O dote, dinheiro ou bens (jóias, carros ou casas) que por convenção social, a família da noiva deve presentear ao noivo antes do casamento está proibido por lei desde os anos setenta, entretanto, continua sendo algo comum.
Como no caso de Radha (nome fictício), depois do matrimônio, muitas mulheres sofrem “as exigências e, em alguns casos tortura psicológica ou física da família do marido que acredita que não se aportou dinheiro suficiente ou bens e pressiona para que peça mais aos pais”, afirma Jacob. A coerção é tal que 2.276 mulheres se suicidaram em 2006, número similar ao do ano anterior, 2.035 casos. O registro nacional revela que a cada hora as comissárias recebem uma denúncia por estes conflitos.

(cfr. notícia do dia 19-03-08, desta página).