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Maria, embaixadora do diálogo inter-religioso

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20 Agosto 2011

Maria é uma figura espiritual a qual muitos cristãos fazem referência. Miriam também é uma personagem-chave na religião muçulmana. Sem esquecer que Maria era judia.

A análise é do teólogo alemão Hendro Munsterman, professor da Universidade Católica de Lyon, em artigo publicado na revista francesa Témoignage Chrétien, 11-08-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Este ano, o dia 15 de agosto caiu no meio do Ramadã. Tradicionalmente, duas semanas antes dessa festa cristã que celebra a Assunção da Virgem Maria, os coptas do Egito jejuam. Os fiéis cristãos se unem aos jovens muçulmanos. Porque Maria, que tem um papel importante na Bíblia e no cristianismo, é igualmente importante no Alcorão e no Islã. É precisamente por essa razão que, em 2010, o Líbano havia decretado que o dia 25 de março, festa da Anunciação, fosse um dia festivo para celebrar o vínculo entre as duas religiões.

Para os cristãos, a presença de Maria (Miriam) no texto corânico é muitas vezes uma surpresa. Ali se encontram paralelos mais ou menos diretos com o texto bíblico, a Anunciação, por exemplo. Mas também se encontram informações não bíblicas. São informações que podem ser inspiradas pelos evangelhos apócrifos (Proto-Evangelho de Tiago, Pseudo-Mateus etc.) e, acima de tudo, por discussões entre judeus e cristãos da época, ou entre diversas seitas cristãs (nestorianos, monofisitas, jacobinos etc.).

As semelhanças às vezes são surpreendentes: no Alcorão, Miriam é louvada como "pura" e é chamada de "aquela que permaneceu virgem", "aquela que permaneceu fiel a Deus", "a mãe virginal de Isa". Mas também há diferenças, como o belo relato do nascimento milagroso do seu filho Isa (Jesus). De fato, na sura 19, que é denominada de "Sura Miriam", o nascimento ocorre sob uma palmeira, enquanto Miriam está sozinha. José não aparece no relato. Enquanto os textos bíblicos lhe dão um lugar, mesmo que muito discreto, ele não é citado no Alcorão, dando a impressão de que se trata de uma família monoparental.

A maior diferença entre Miriam e Maria está ligada à que existe entre Isa e Jesus. Na Bíblia, assim como na teologia cristã, tudo o que os cristãos afirmam a propósito de Maria tem uma razão e uma função cristológica. É Jesus de Nazaré, confessado como Cristo e Filho de Deus, que está no centro das atenções. A Bíblia fala, portanto, muitas vezes, da "mãe de Jesus" ou da "sua mãe": Maria é apresentada através do seu filho.

No Alcorão, as coisas não podem ser assim: Isa é um profeta, certamente, também muito grande, mas não "Filho de Deus", "Verbo feito carne", "Messias". Miriam, por isso, não é "a mãe do meu Senhor", como Isabel a chama no Evangelho segundo Lucas. Ela tem uma identidade mais autônoma com relação ao seu filho. O Alcorão não a chama de "a mãe de Isa", mas, ao contrário, por 22 vezes, Isa é chamado de "o filho de Maria". Uma espécie de feminismo "ante litteram", dado que sabemos que, naquele tempo, havia o hábito de definir a identidade de um menino a partir do pai.

Também podemos nos surpreender com uma dupla desproporção no paralelo: enquanto o Alcorão dá muito mais informações do que a Bíblia sobre a vida de Maria, a veneração da mãe de Isa permaneceu muito mais discreta do que o culto de Maria desenvolvido no cristianismo.

Para os muçulmanos, Miriam certamente é virgem e mãe, mas, acima de tudo, é "aya", sinal de Alá, uma palavra usada na tradição do Islã para designar as maravilhas da criação. Consideradas como sinais que convidam a crer, essas maravilhas geralmente não são seres humanos. Salvo Miriam, que, ao se submeter à vontade de Deus, tornou-se um exemplo para todos os muçulmanos.

Desde o tempo dos hadith, existe um debate dentro do Islã sobre Miriam: ela é a mais perfeita muçulmana entre as mulheres? Ela se encontra em concorrência com a filha do profeta Maomé, Fátima, que, dentre outras coisas, deu o seu nome à cidadezinha de Portugal conhecida por ser um dos santuários marianos católicos mais visitados depois dos acontecimentos de 1917. No fim, Fátima é a o mais venerada no Islã: é chamada de "mãe das dores", "a pura", "Mulher do povo do céu" e também "a maior Maria" – títulos que têm ressonâncias com aqueles que os católicos dedicam a Maria.

Portanto, cristãos e muçulmanos veem em Maria um exemplo feminino de fé, assim como para ambas as tradições Abraão é um exemplo de fé no masculino. Mas, para os cristãos, ela é mais do que isso: a sua participação na encarnação encontrou a sua expressão teológica no título de Theotokos, "aquela que gerou Deus" (mal traduzido no Ocidente como "Mãe de Deus"). Esse evento essencial da fé cristã é, sem dúvida, a razão da maior importância da veneração de Maria no cristianismo do que no Islã.

Há um outro paralelo entre as duas tradições referente a Maria. Por muito tempo, e muitas vezes ainda agora, cristãos e muçulmanos (deliberadamente) ignoraram um elemento-chave da identidade de Miriam/Maria: o fato de que ela era judia! É verdade que, na antiga literatura rabínica, encontram-se algumas raras passagens mais ou menos difamatórias sobre Maria ("essa mulher se afastou do seu marido"), sem dúvida alimentadas pelas polêmicas judaico-cristãs.

Mais recentemente, alguns pensadores judeus tentaram dar um lugar para Maria/Miriam. Por exemplo, David Flusser vê na Mater Dolorosa a representante de todas as mulheres judias que tiveram que ver seus filhos sofrerem e morrerem durante as perseguições. Hoje, Miriam/Maria é uma ponte entre cristãos e muçulmanos, e nós não podemos mais ignorar que, antes de "nos pertencer", o seu lugar estava no seio do povo judeu, a quem Deus se revelou em primeiro lugar.


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