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Malthus, Marx ou o mercado

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04 Julho 2011

“Nem Malthus, nem Marx, nem os mercados nos dão respostas adequadas para as difíceis perguntas que o explosivo crescimento da China ou a expansão da classe média e o consumo em nível mundial nos colocam”, escreve o jornalista Moisés Naím, em artigo publicado no jornal espanhol El País, 03-07-2011. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Acabo de retornar da China. A velocidade das mudanças que ali ocorrem não deixa de me surpreender. Apesar de que a minha última visita não tenha sido há tanto tempo, percebi enormes transformações. Isso acontece quando um país gigante cresce 10% ao ano. Visitei a China pela primeira vez em 1978, quando as reformas econômicas estavam apenas começando. Lembro dessa viagem as grandes avenidas quase sem carros e cheias de uma multidão de bicicletas, todos vestidos mais ou menos igual, verde oliva ou azul. Hoje essas mesmas avenidas estão ladeadas de arranha-céus com a arquitetura mais audaz do mundo, estão cheias de automóveis e de pessoas vestidas de todas as cores e estilos. Na minha primeira viagem, a economia chinesa era apenas 40% do tamanho da União Soviética. Hoje, é quatro vezes maior.

A mudança fundamental é que milhões de chineses saíram da pobreza, formando uma classe média que, embora seja mais pobre que a da Europa ou dos Estados Unidos, dispõe pela primeira vez de meios para consumir mais alimentos, remédios ou eletricidade. E isto não acontece apenas na China: Turquia, Vietnã, Indonésia, Brasil, Colômbia e em muitos outros países pobres a classe média vem crescendo.

Este grande êxito da humanidade irá se transformar em uma catástrofe para o planeta?

Há três maneiras de responder a esta pergunta. A primeira é a de Thomas Malthus, que em 1798 explicou que, visto que a população cresce mais rapidamente que a produção de alimentos, inevitavelmente as fomes, as doenças e as guerras “reequilibrarão” a situação. O Clube de Roma patrocinou, em 1972, a publicação do livro Os limites de crescimento. Vaticinava uma catástrofe malthusiana para em torno do ano 2000 e prognosticava que o petróleo se esgotaria em 1992. Obviamente, Malthus e seus seguidores subestimaram o impacto das novas tecnologias. A revolução verde na agricultura, por exemplo, fez com que em 20 anos a produção de cereais nos países pobres se duplicasse. Em geral, o mundo hoje produz mais alimentos per capita que nunca, e há cada vez mais tecnologias que permitem a exploração de recursos naturais antes inacessíveis.

E esta é a segunda resposta: o problema não é de produção, mas de distribuição. Muito poucos consomem muito e muitos consomem muito pouco. Os Estados Unidos, por exemplo, consomem 25% da energia que se produz no mundo anualmente, apesar de que sua população é de apenas 4,6% do total mundial. Cada alemão gasta quase nove vezes mais energia que cada indiano, e 30 vezes mais que um bengalês. Desde esta perspectiva, Karl Marx tem razão: é preciso obrigar para que haja uma distribuição mais igualitária do consumo. E isso é tarefa do Estado, quase certamente pela força.

A terceira maneira de ver isso é através da ótica do mercado: os preços e os incentivos resolverão o problema. Se há escassez, os preços subirão, diminuirá o consumo e aumentarão os incentivos para ser mais eficiente e inventar tecnologias para produzir mais a um custo menor. Se o preço do petróleo continuar a subir, o vento, o sol e a o mar podem competir com os hidrocarbonetos. Se o algodão continuar caro, mais produtores semearão algodão. Foi isto o que acabou acontecendo, e os aumentos em produção e as maravilhosas novas tecnologias o confirmam. O problema, contudo, é que os ajustes do mercado são brutais e não resolvem o problema dos consumidores, para quem qualquer diminuição no consumo (obrigada pela elevação dos preços) significa passar fome. Também não se resolve o problema das falhas de mercado a nível global: os oceanos se deterioram em grande velocidade por sua exploração indiscriminada. E já sabemos o que está acontecendo com as emissões de CO2 que aquecem a Terra.

Nem Malthus, nem Marx, nem os mercados nos dão respostas adequadas para as difíceis perguntas que o explosivo crescimento da China ou a expansão da classe média e o consumo em nível mundial nos colocam. As respostas tecnológicas estimuladas pelo mercado podem chegar tarde demais para evitar graves danos sociais e ambientais. A exagerada intervenção do Estado para corrigir desigualdades asfixia o surgimento de soluções que só os mercados podem gerar. E se forem desatendidas, as falhas dos mercados podem tornar a vida insuportável na Terra.

As ideologias rígidas não ajudarão a encontrar saídas. É preciso lançar mão de todas as ideias, inventar outras novas e dar rédeas soltas ao pragmatismo e à experimentação. No passado, a humanidade encontrou soluções para problemas sem precedentes. Não há por que supor que não as encontrará novamente.


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