29 Março 2019
Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Por meio de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira, teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora - MG.
(Foto: Faustino Teixeira | Arquivo Pessoal)
A constância do amor
Qualquer um que tenha se perdido
Através das águas turbulentas do amor
Em alguns momentos se sentindo com fome
Em outros saciado
É intocado pela estação
Do murchar ou do florescer
Pois nas mais profundas
E turbulentas águas
Ou nos topos das montanhas mais altos
O amor é sempre o mesmo
(Fonte: Hadewijch d´Anvers. Five Poems on Love - acessado em 21/03/ 2019 – Tradução de Mônica Hortegas)
Ilustração de Hadewijch
Fonte: thevalueofsparrows.com
Hadewijch de Antuérpia [também chamada de Hadewijch de Brabante e de Hadewijch d´Anvers] (Século XIII): mística e poetisa da região onde hoje situam-se os Países Baixos e a Bélgica. Tornou-se líder religiosa das leigas católicas (conhecidas à época como beguinas) e adotou uma filosofia de vida que buscava o desenvolvimento espiritual a partir da abdicação dos "prazeres da vida" e de um modo de vida austero. Do seu trabalho foram encontradas 31 cartas, 61 poemas e descrição de 14 visões. Conhecida por ser a maior seguidora do "misticismo do amor" daquele século, Hadewijch defendia que o amor divino deveria ser desprendido e que este era o "único amor pleno". À frente do seu tempo, a poetisa acreditava que por meio dessa jornada de encontro com o Mistério, as mulheres podiam se igualar aos homens na sociedade.
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Hadewijch d´Anvers na oração inter-religiosa desta semana - Instituto Humanitas Unisinos - IHU