Papa aos jesuítas colombianos: acompanhar o povo à verdadeira reconciliação. Depoimento de Antonio Spadaro

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

13 Setembro 2017

Um dos últimos compromissos do Papa Francisco na Colômbia foi o encontro privado com uma representação da comunidade dos jesuítas, no claustro de Santo Domingo, em Cartagena das Índias.

A reportagem é de Gabriella Ceraso, publicada por Radio Vaticana, 11-09-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O encontro durou cerca de 30 minutos, durante os quais o papa respondeu a algumas perguntas que lhe foram dirigidas pelos seus coirmãos: “Nestas ocasiões, o pontífice sempre relaxa, se expressa com grande liberdade, e sempre são oportunidades para refletir sobre o caminho das comunidades”. Assim fala o padre Antonio Spadaro, jesuíta, diretor da revista La Civiltà Cattolica, que acompanhou Francisco nessa longa viagem apostólica que acaba de concluir na Colômbia.

Entre as temáticas abordadas nas perguntas feitas ao papa há questões relacionadas com o pontificado, relata o padre Spadaro, com o “papel dos jesuítas no campo cultural e universitário” em terras latino-americanas, várias questões sobre a Colômbia e também sobre temáticas ligadas à exortação apostólica pós-sinodal Amoris laetitia.

Francisco, conforme o diretor da Civiltà Cattolica, reiterou “a importância de que esse documento seja recebido na sua inteireza, para colocar em ação dinâmicas positivas na Igreja”.

A partir da conversa com os coirmãos, veio à tona “um papa confiante no caminho de reconciliação tomado pela Colômbia”, mas sempre especificando que “a tarefa da Igreja não é substituir o Estado, mas acompanhar os movimentos mais adequados à dignidade humana”.

Na conversa, o papa também encorajou todos os jesuítas a prosseguirem no seu compromisso específico, tanto pastoral quanto intelectual.

Em particular, de acordo com as palavras do padre Spadaro, Francisco sublinhou que “o compromisso intelectual deve se alimentar da realidade”.

Também é importante o papel social que os jesuítas continuam desempenhando no caminho de reconciliação nacional. Também se falou disso no encontro privado com o pontífice. “Não se trata de fazer acordos abstratos”, explica o padre Spadaro. “No pensamento do papa, há a reconciliação de um povo inteiro, a cura lenta de grandes cicatrizes.”

Os jesuítas, ressaltou-se, não acompanham “apenas os familiares das vítimas ou dos próprios guerrilheiros”, mas também estão engajados “na valorização e na proteção da Amazônia e do enorme patrimônio natural que a Colômbia possui”.

Nota de IHU On-Line: Ouça o áudio do depoimento de Antonio Spadaro, em italiano:

Leia mais