27 Novembro 2016
O cientista britânico Stephen Hawking falou, no sábado, no Vaticano, sobre a expansão do Universo e afirmou que perguntar sobre “o que havia antes do Big Bang” não faz sentido, pois “é como perguntar o que há mais ao sul do Polo Sul”.
A reportagem é publicada por Religión Digital, 26-11-2016. A tradução é de André Langer.
Hawking fez estas reflexões durante o encontro “Ciência e sustentabilidade. Impactos do conhecimento científico e da tecnologia na sociedade humana e seu ambiente”, organizado pela Pontifícia Academia das Ciências e que vai até o dia 29 de novembro na Casina Pio IV do Vaticano.
Durante a sua intervenção de cerca de 20 minutos, Hawking considerou que “a descoberta da expansão do Universo” foi uma das descobertas “intelectuais mais importantes” dos últimos tempos.
Além disso, fez uma analogia entre ciência e economia para explicar que “ao contrário da inflação nos preços, a inflação no Universo é algo bom”.
O astrofísico britânico também aproveitou a ocasião para recordar que em uma conferência que fez no Vaticano em 1981 já disse que “o tempo e o espaço (...) não têm limite ou idade”.
Em outro momento de sua conferência, apontou que pode haver “dúvidas sobre uma ideia amplamente aceita” em relação a se “a inflação eterna dá nascimento a um Universo infinitamente grande que contém uma grande variedade de grupos diferentes de universos”.
“Ao invés disso – disse –, o fim da inflação eterna é razoavelmente suave, levando a um Universo muito mais simples que é globalmente finito. Isto implicaria uma significante redução do multiverso a um grupo muito menor de universos”, disse.
No dia 28 de novembro, os participantes do encontro serão recebidos pelo Papa Francisco.
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Hawking no Vaticano: perguntar pelo que havia antes do Big Bang não faz sentido - Instituto Humanitas Unisinos - IHU