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03 Setembro 2016

"Mas acima de tudo - e são as páginas mais curiosas deste ensaio - o estudioso nos abre a cortina sobre a sétima arte, o cinema, que muitas vezes colheu dos símbolos do Vidente de Patmos. Na filmografia tomada em consideração, às vezes é o fim do mundo, outras vezes é a desorientação contemporânea, ou a destruição do mal e a salvação que encontram alimento e palingenesia no Apocalipse". 

O comentário é do cardeal italiano Gianfranco Ravasi, em artigo publicado por Il Sole 24 Ore, 28-08-2016. A tradução é de Ramiro Mincato. 

Eis o artigo. 

Tropecei por acaso no título de um dos muitos livros que recebo: a expressão “Oráculos Caldeus”, de fato, criaram turbulência em minha memória. Foi pouco menos de meio século atrás, e entre meus professores, em Roma, havia um dos maiores helenistas da época, o jesuíta francês Édouard Des Places, que morreu com cem anos de idade, em 2000. Ele foi o meu guia numa tese bastante "exclusiva" sobre os temas e os símbolos imortalistas do livro VI da Antologia Palatina, uma coleção de 3700 epigramas de poetas gregos do quinto século a.C., época bizantina (assim chamados porque o texto-base é um código da Biblioteca Palatina de Heidelberg, identificada em 1607).

Naqueles anos, Des Places, impressionante figura de filólogo puro, marcado por uma deliciosa dose de ironia e bonomia, estava completando o fundamental Lexique de Platon (1967), cujos lemas foram anotados, por ele, em minúsculas cédulas de papel, que cobriam sua mesa. Confiava-me, porém, que se dedicava, naquele período, como divertissement(!) à edição crítica, exatamente, dos Oráculos Caldeus, que foram, de fato, publicados em 1971, em Paris, pela Les Belles Lettres. Mas, ainda em 1988, na revista "Orpheus", aparecia o último dos vários ensaios que o erudito, professor do Pontifício Instituto Bíblico de Roma, tinha reservado para este seu particular "passatempo" e entretenimento intelectual. E agora - na sempre louvável coleção dos "testi a fronte" de Bompiani, criada e dirigida pelo falecido Giovanni Reale – aparecem aqueles Oráculos Caldeus, Editado por Angelo Tonelli que se baseia, precisamente, na edição de Des Places, precedida em 1960, em Jerusalém (reedições sucessivas em Paris) pelo Chaldean Oracles and Theurgy, de Hans Lewy.

O termo "oráculo", ademais, equivalente do hebraico ne'um dos profetas bíblicos, já evoca, por si, algo de esotérico, de adivinhação, quase mediúnico e xamânico, certamente revestido por um manto de hipotética transcendência. Estes textos, tendencialmente fragmentários, misturam luz e escuridão, sabedoria e visionaridade, fórmulas mágicas indecifráveis e avisos urticantes, na prática - como para o oráculo de Delfos - mais do que afirmar ou negar diretamente, amam pestanejar. Os estudiosos agora concordam em atribuir a paternidade a Giuliano, o Teurgo, do final do II século d.C., o qual, numa espécie de transe, transpôs "em hexâmetros homéricos as revelações e aparições que tinha ouvido e visto nas noites em que tudo era possível, à chama viva do fogo" (assim Tonelli, em sua introdução adota um ditado quase "impressionista").

Estamos, ademais, diante de uma sequência textual bastante fluida, chegada até nós parcialmente e indiretamente através de citações de autores pagãos e cristãos, como Jâmblico, que aos oráculos dedicou um comentário perdido, Porfírio, Arnóbio, Proclus, que também tentou interpretar estes fragmentos mânticos, interpretação que nos alcançou de forma incompleta através do escritor bizantino Michael Psellus (séc. XI). Penso que meus leitores não entusiastas destas disciplinas começam a se perder no magma textual que transportou as migalhas dos oráculos agora replicados. Um tumulto que engrossa-se até rosnar quando se procura reconstruir a trama ideológico-simbólica platônica a eles subjacente. Tentemos desembaraçar os fios desse grande emaranhado.

Deus, o Pai sumo e transcendente gera um Intelecto demiúrgico, ao qual se associa a Hécate, que atua como intermediária entre os dois, e constitui também a Alma do mundo. Um mundo sobre o qual precipitam-se anjos e demônios, ansiosos em condicionar no bem ou no mal a humanidade. Tem-se, assim, uma antropologia dualista: em nós há uma alma divina decaída e encarcerada no corpo e sujeita ao fluxo cósmico. É aqui que se enxerta a teurgia, ou seja, a ritualidade oracular iniciática destinada a restabelecer uma ponte salvífica com o divino, sustentada, nisto, também, por um rigoroso ascetismo catártico, lançado ao domínio das paixões corporais. Podemos, então, afirmar que "divino é o mundo, na sua raiz, e divino é o teurgo, e iluminada é a sua carne". Quem ama estes horizontes onde se cruzam teorias móveis, símbolos sombreados, emoções deslumbrantes poderá ser agora guiado por este volume num itinerário ramificado, antes numa skolioisi reethrois, em "correntes sinuosas", como o diz o fragmento 171.

Esta experiência que entrelaça metafísica e magia é colocada em nome dos Caldeus, mas tal atribuição não deve enganar, porque esta palavra perde sua conotação étnica (era a designação bíblica de um povo semita no sul da Mesopotâmia, tanto é verdade que, Abraão, o patriarca dos Hebreus, provem, segundo o livro do Gênesis, de ‘ur Kasdîm, Ur dos caldeus). Na verdade, no período helenístico, a palavra tornou-se sinônimo de magos ou astrólogos, como é evidente no livro bíblico de Daniel (II séc. a.C.), quando o rei babilônico Nabucodonosor (VI séc.. a.C.), para descriptografar um sonho, convoca "os magos, os adivinhos, os feiticeiros, os Caldeus" (2,2). Neste ponto, o horizonte oracular-simbólico, a que até agora fizemos referência, permite-nos muito livremente anexar outro volume que chegou até nós simultaneamente, embora radicalmente diferente em nível textual e ideal.

Queremos falar dos símbolos do Apocalipse, o último dos 73 livros da Bíblia, verdadeira constelação de imagens, mas também de mensagens, quando se olha sobre abismos de escuridão estagnada, e se sobe para o céu de luz ofuscante. Um professor da Faculdade de Teologia de Granada, Ignacio Rojas Gálvez, depois de ter delineado as coordenadas históricas e literárias de uma obra menos críptica de quanto se imagina em nível popular (e, portanto, não classificável como esotérica, apesar da superfície movimentada e excitada das suas páginas), desenha a paisagem simbólica do Apocalipse, num horizonte cósmico, zoomórfico, cromático, numerológico. Ele coloca, então, nas mãos as chaves necessárias para abrir estes sistemas, aparentemente bloqueados: só pensar nos 283 números cardinais, ordinais e fraccionários do livro (quem não se lembra os 144.000 eleitos ou a cifra misteriosa da Besta satânica, 666?). Nos mostra também a extraordinária variedade hermenêutica que se encontra na história da exegese.

Por fim, daquele centro textual antigo, nos leva para os arredores do nosso presente, onde esta simbologia pode se transformar em bandeira de crise ou de esperança, assumir interrogações existenciais ou degenerar nos turbilhões milenaristas de algumas seitas e movimentos apocalípticos. Mas acima de tudo - e são as páginas mais curiosas deste ensaio - o estudioso nos abre a cortina sobre a sétima arte, o cinema, que muitas vezes colheu dos símbolos do Vidente de Patmos. Na filmografia tomada em consideração, às vezes é o fim do mundo, outras vezes é a desorientação contemporânea, ou a destruição do mal e a salvação que encontram alimento e palingenesia no Apocalipse. Uma obra que se autodenomina "profecia", mas não no sentido oracular mágico popular, senão no valor bíblico de "revelação" do significado profundo, o primeiro e último da história (não é à toa em grego Apokalypsis significa "revelação").

Referências:

Giuliano, o Teurgo, Oráculos Caldeus. editado por Angelo Tonelli, Milão: Bompiani, 437 p.

GÁLVEZ, Ignacio Rojas. Os símbolos apocalipse. Bolonha: Dehoniane. 233 p., € 24

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