Francisco prepara seu terceiro consistório para o final de novembro

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24 Agosto 2016

Coincidindo com o encerramento do Ano Jubilar dedicado à Misericórdia, o Papa Francisco poderá realizar o terceiro consistório do seu pontificado, no qual criará pelo menos 13 novos cardeais eleitores. Segundo assinala Gerard O’Connell na revista America, Bergoglio poderia anunciar os nomes em meados de outubro.

A reportagem é de Jesús Bastante e publicada por Religión Digital, 22-08-2016. A tradução é de André Langer.

Dois espanhóis encontram-se em todas as listas, os dois principais apoios, designados por Bergoglio para a reforma da Igreja na Espanha. Trata-se dos arcebispos de Barcelona, Juan José Omella, e de Madri, Carlos Osoro. Este último, além disso, contaria a seu favor com o fato de que, no último fim de semana, seu antecessor na capital da Espanha, Antonio María Rouco Varella, perdeu sua condição de eleitor, algo que acontecerá no próximo ano com o cardeal Sistach. Não obstante, O’Connell destaca as possibilidades do titular de Barcelona.

O terceiro consistório de Francisco acabaria, certamente, com a “maioria absoluta” da Europa em um futuro conclave. Atualmente, 51 dos 107 cardeais eleitores provêm do Velho Continente (quase a metade da Itália); ao passo que o centro e o sul da América contam com 15; a América do Norte, 13; a Ásia, outros 13; a África, 12; e a Oceania, 3. Hoje, existem eleitores de 59 países diferentes, mas Francisco quer garantir ainda mais a ideia da universalidade na Igreja católica.

A ideia de Bergoglio, como já aconteceu nos consistórios anteriores, é dar prioridade às sedes das “periferias” em vez das dioceses historicamente cardinalícias. Assim, quase não se espera nomeações na Europa (Barcelona e Bruxelas e, talvez, Madri), ao passo que as designações na África e na Ásia poderão ser maioria pela primeira vez na história de um consistório.

Do mesmo modo, também não se garante que as novas nomeações curiais implicam automaticamente a púrpura. Mas, parecem certos os barretes para os cardeais de Bangui, Jacarta ou Havana, sem descartar alguma surpresa. Talvez um cardeal chinês? Ou russo?