O uso de planos de saúde no Brasil

Mais Lidos

  • A luta por território, principal bandeira dos povos indígenas na COP30, é a estratégia mais eficaz para a mitigação da crise ambiental, afirma o entrevistado

    COP30. Dois projetos em disputa: o da floresta que sustenta ou do capital que devora. Entrevista especial com Milton Felipe Pinheiro

    LER MAIS
  • "A ideologia da vergonha e o clero do Brasil": uma conversa com William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • COP30 escancara a mais nova versão da mentira. Artigo de Txai Suruí

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

02 Agosto 2016

Número de usuários de planos de saúde aumentou 17 milhões desde o ano 2000. Planos empresariais são os mais contratados.

A reportagem é de Rodolfo Almeida e Beatriz Demasi, publicada por Nexo, 01-08-2016.

No Brasil, desde a regulamentação do SUS (Sistema Único de Saúde) em 1988, os cidadãos têm direito ao acesso integral, universal e gratuito a serviços que vão desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante de órgãos. Antes de 1988, apenas 30 milhões de brasileiros tinham acesso aos hospitais públicos, pois o atendimento era restrito àqueles que contribuíam para a Previdência Social. Hoje o SUS beneficia mais de 190 milhões de brasileiros e realiza 75% dos procedimentos de alta complexidade no país.

Uma parte da população utiliza planos de saúde privados oferecidos por operadoras. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é o órgão regulador responsável pelo setor de planos de saúde no Brasil. Atualmente, 24,5% da população brasileira, ou 48,5 milhões de pessoas, utilizam planos de saúde, um aumento de 6,8 pontos percentuais em relação a 2000. O número de usuários caiu pela primeira vez desde o início do século na comparação entre junho de 2015 e junho de 2016, correspondendo a 1,6 milhões de pessoas que neste período de um ano deixaram de ter um plano.

A maior diminuição foi no número de planos empresariais, devido à crise financeira que tem reduzido o número de pessoas empregadas. O Instituto de Estudos de Saúde Complementar aponta a deterioração do mercado do trabalho, que fez recuar em 1,5% (comparação do primeiro trimestre 2015 com o primeiro semestre 2016) a proporção da população ocupada, como a principal causa dessa queda. Menos de 10 milhões de pessoas são usuárias dos planos do tipo individual ou familiar.

Observações: a taxa de cobertura compreende a razão, expressa em porcentagem, entre o número de beneficiários e a população em uma área específica. No ANS Tabnet, o cálculo é feito para Grandes Regiões, Unidades da Federação, capitais e regiões metropolitanas, por sexo e faixa etária.

Fonte: ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), 2016. Mostra de 20 anos do SUS, Ministério da Saúde.