05 Outubro 2011
Para Michael Colacino, que coordenou as medições na Antártida, com o Protocolo de Montreal, só foi enfrentado até agora o lado químico do problema.
A reportagem é de Elena Dusi, publicada no jornal La Repubblica, 03-10-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
"O Protocolo de Montreal interveio no lado químico do problema. Mas o climático ainda está em aberto", explica Michael Colacino, que foi diretor do Instituto de Física Atmosférica do CNR e coordenou até o ano passado as medições feitas na Antártida.
Eis a entrevista.
Por quanto tempo permanecerão ativos os gases que destroem o ozônio?
A ação de destruição do cloro na atmosfera pode durar 30 ou 40 anos. Por isso, na época de Montreal, previa-se que a quantidade de ozônio na Antártida voltariam ao normal em torno de 2020-2025. Hoje, porém, esse prazo foi postergado para não antes de 2050. E aqui intervém o discurso sobre as mudanças climáticas.
Os autores da Nature evitam entrar nesse assunto.
Mas a temperatura é um fator determinante, porque a destruição do ozônio é possibilitada pelo frio intenso que é registrado nas nuvens estratosféricas polares. E sabemos muito bem que, quando a temperatura aumenta nas camadas baixas da atmosfera, por razões de equilíbrio radioativo, deve diminuir nas camadas altas.
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"As mudanças climáticas vão aumentar ainda mais o buraco de ozônio na Antártida" - Instituto Humanitas Unisinos - IHU