24 Março 2011
O prefeito para as Causas dos Santos do Vaticano, Ângelo Amato, prometeu nesta quarta-feira "prazos rápidos" para que João Paulo II, cuja beatificação está prevista para 1º de maio próximo, seja elevado aos altares. Em declarações à imprensa, após participar da apresentação de um livro na sede da Rádio Vaticana, o cardeal esclareceu que, além de rápido, o processo a caminho dos altares de Karol Wojtyla será "rigoroso".
A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 23-03-2011. A tradução é do Cepat.
Ele revelou a existência de vários "supostos milagres’ atribuídos à intercessão do falecido Papa em diversos países do mundo e recordou que seria necessário apenas confirmar um deles para garantir a canonização.
"Nós temos mensagens de todo o mundo de grandes graças. Agora corresponde à postulação escolher uma, fazer um discernimento e ver, sempre com a ajuda de especialistas, médicos e cientistas, qual milagre poderia ser escolhido", indicou.
"A causa, mesmo que tivesse um trilho preferencial, foi seguida com grande atenção e grande escrutínio de procedimento, até porque a pressão da mídia impossibilitava que a causa fosse conduzida de modo superficial, mas de modo adequado à personalidade do futuro beato", disse.
Amato insistiu que o caso seguiu um caminho muito, mas muito cuidadoso. Mas também rápido. "Rapidez não significa apuro ou superficialidade, mas grande profissionalismo no processo", ponderou.
João Paulo II será beatificado no próximo dia 1º de maio, seis anos e um mês após sua morte. Trata-se do caminho aos altares mais rápido da história moderna da Igreja católica. A Madre Teresa de Calcutá foi beatificada seis anos e dois meses depois de sua morte.
Depois da aprovação das "virtudes heróicas" de Wojtyla em dezembro de 2009, o Vaticano estudou um "milagre", a cura imediata, completa, duradoura e inexplicável de uma monja francesa que sofria do Mal de Parkinson.
Uma comissão de médicos, um grupo de teólogos e outro de cardeais estudaram o caso, chegando à conclusão de que a religiosa ficou curada graças às orações que ela e suas companheiras de congregação dirigiram à memória de João Paulo II.
Esse "milagre" assegurou a beatificação do Papa. Para seu reconhecimento como santo será necessário comprovar a veracidade de outra cura milagrosa.
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Vaticano fala em "prazos rápidos’ para canonizar João Paulo II - Instituto Humanitas Unisinos - IHU