Parlamentares instalam CPI do tráfico humano no Pará

Mais Lidos

  • O economista Branko Milanovic é um dos críticos mais incisivos da desigualdade global. Ele conversou com Jacobin sobre como o declínio da globalização neoliberal está exacerbando suas tendências mais destrutivas

    “Quando o neoliberalismo entra em colapso, destrói mais ainda”. Entrevista com Branko Milanovic

    LER MAIS
  • Abin aponta Terceiro Comando Puro, facção com símbolos evangélicos, como terceira força do crime no país

    LER MAIS
  • Estereótipos como conservador ou progressista “ocultam a heterogeneidade das trajetórias, marcadas por classe, raça, gênero, religião e território” das juventudes, afirma a psicóloga

    Jovens ativistas das direitas radicais apostam no antagonismo e se compreendem como contracultura. Entrevista especial com Beatriz Besen

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

23 Março 2011

A CPI do tráfico humano do estado do Pará foi instalada nesta terça-feira, 22, na Assembleia Legislativa do Pará. Ficou marcada para amanhã, 24, a próxima reunião, para definir o cronograma, agenda de atividades e a base logística para o trabalho de investigação em todo o Pará.

A notícia é do Boletim da CNBB, 23-03-2011.

Esta é a primeira CPI a ser instalada na atual legislatura. O fato determinado para a instalação da CPI foi o tráfico de pessoas - para prostituição, na exploração econômica, de órgãos e de corpos humanos, tanto a nível nacional, como para o exterior, envolvendo países da Guiana e até da Europa.

O bispo da prelazia do Marajó, dom José Luiz Azcona, um dos maiores denunciantes das práticas criminosas na Ilha de Marajó, deve ser convocado para colaborar com as investigações da CPI, assim como representantes do Ministério Público, Polícia Federal e Civil, OAB-PA, entidades ligadas aos Direitos Humanos, e de diversas ONGs existentes no Pará. A CPI deverá atuar em parceria com as comissões do Senado Federal e Câmara dos Deputados, e com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

No comércio ilegal, o tráfico de seres humanos é considerado o terceiro negócio que movimenta mais dinheiro, perdendo apenas para o tráfico de armas e o de drogas. Estimativas da Organização Internacional do Trabalho apontam que, em 2005, esta rede criminosa movimentou cerca de 32 bilhões de dólares anuais.

Em 2008 cerca de 500 mil pessoas foram vítimas de tráfico humano na Europa. E, desse total, 75 mil eram brasileiros. A região amazônica é uma das que mais fornece vítimas para essas redes criminosas, segundo dados da ONU.