Religiosos, Intelectuais e defensores dos direitos humanos pedem retirada de tropas da paz do Haiti

Mais Lidos

  • O economista Branko Milanovic é um dos críticos mais incisivos da desigualdade global. Ele conversou com Jacobin sobre como o declínio da globalização neoliberal está exacerbando suas tendências mais destrutivas

    “Quando o neoliberalismo entra em colapso, destrói mais ainda”. Entrevista com Branko Milanovic

    LER MAIS
  • Abin aponta Terceiro Comando Puro, facção com símbolos evangélicos, como terceira força do crime no país

    LER MAIS
  • A farsa democrática. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

06 Outubro 2011

Líderes religiosos, intelectuais e dirigentes de organismos de direitos humanos pediram, em carta enviada aos presidentes da República do Chile, Colômbia, Argentina, Brasil, Equador, Paraguai, Bolívia, Peru, Uruguai, El Salvador e Guatemala, a retirada das tropas desses países quer participam da força de paz da ONU no Haiti, conhecida como Minustah.

A informação é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 05-10-2011.

Há mais de sete anos, tropas desses países integram uma “suposta operação de paz” numa ocupação militar “injustificada e imoral” que viola a soberania e a dignidade do povo do Haiti, afirmam na carta.

As tropas do Minustah realizaram várias incursões violentas em diversos bairros da capital haitiana, “numa clara estratégia de construção de um ‘inimigo’, centrada na perseguição das periferias pobres”.

A denúncia de estupro cometido por soldados uruguaios da força de paz da ONU “levantou o véu sobre um padrão tenso de violação dos direitos humanos”, dizem os missivistas.

O documento leva a assinatura do Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, da Argentina, do Prêmio Nobel Alternativo da Paz, Martín Almada, do Paraguai, do escritor argentino Juan Gelman, do escritor uruguaio Eduardo Galeano e  do bispo emérito dom Pedro Casaldáliga, do Brasil.

Eles destacaram que líderes de países que enviaram tropas ao Haiti dizem defender valores progressistas, mas são, na verdade, executores de uma agenda imperialista no Haiti.

O Conselho de Segurança da ONU deverá emitir resolução, até o dia 15 próximo, renovando, pela sétima vez, o mandato anual que prevê a presença de tropas de paz no Haiti.

Os líderes que protestam contra essa presença militar no país caribenho propõem a adoção de um cronograma que preveja a retirada rápida das tropas estrangeiras do Haiti. A manutenção do Minustah absorve 800 milhões de dólares por ano.