09 Março 2012
Um guia ao uso das redes sociais que envolvem meio bilhão de pessoas.
A reportagem é de Angelo Aquaro, publicada no jornal La Repubblica, 04-03-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Há quem, com 140 caracteres, ganhou umas belas férias em Amsterdã. Dom Sagolla estava no grupo dos engenheiros de Jack Dorsey e Biz Stone, alma e mente do Twitter, quando o passarinho que conecta internet e celular começou a alçar voo. E hoje ele é o autor de 140 characters: a style guide for the short form (140 caracteres: Um guia de estilo para a forma breve), o manual para escrever bem em tão pouco espaço. Uma obra tão meritória que fez com que lhe fosse conferido o International Genius Grant, concedido pela cidade de Amsterdã para passar um ano inteiro na Holanda. Que, coincidentemente, é o país que mais tuíta no mundo.
Mas, mesmo sem correr o risco, por assim dizer, de acabar na Holanda, se soltar no universo dessa rede social de meio bilhão de pessoas já se tornou necessário assim como se enfiar no trânsito. E, então, eis aqui as sete regras de ouro pescadas entre os melhores "tuiteiros" do mundo.
Eu, Twitter. Você, Facebook
Não os confunda entre si. O Facebook é o mural para ver o que seus amigos estão fazendo. O Twitter é um meio de comunicação propriamente dito. O especialista Luke Renner otimiza a síntese: "No Facebook, os amigos conversam. No Twitter, é a conversa que leva a fazer amigos".
Não há tuíte sem hashtag
Não basta se expressar em 140 caracteres: o verdadeiro tuíte sempre deve ser acompanhado pela hashtag, isto é, pelo "tema" ao qual a mensagem se refere. Basta, na prática, que a palavra ou a frase seja precedida pelo símbolo de sustenido (#).
Não fique com uma cabeça de ovo
A pior forma de se apresentar no Twitter é o de não inserir uma imagem para substituir o ovo branco que é padrão na rede social. Uma minibiografia também é indispensável: rosto e história tornam o usuário mais confiável.
Não basta um link
Cada vez mais, os tuítes se reduzem a um link que remete a outra página. O uso está correto, mas não se for um fim em si mesmo. É justo limitar-se a um link para um jornalista ou para um operador de mídia que quer indicar um artigo. Mas o Twitter também e acima de tudo é conversação, expressão de opiniões, perguntas para circular.
É preciso um amigo
E ele chegará. Uma das coisas mais frustrantes para quem começa é contar os "seguidores". Entrar no Twitter é como entrar em uma nova comunidade: leva tempo. Mas, ao contrário do Facebook, deve-se lembrar que vence o tema da conversa e não o círculo de amigos. A hashtag justa permitirá que se entre diretamente nas listas de quem está seguindo esse discurso. Importa o que dizemos, mesmo que sejamos completos desconhecidos.
Só ferramentas
O Twitter é uma ótima invenção, mas ainda melhores são as "ferramentas" e os aplicativos que nos permitem desfrutar de toda a sua eficácia. O Twitterrific é muito útil para as conversas ao celular. E, no computador, o TweetDeck é fundamental: ele permite que você organize seus tuítes em colunas que podem ser divididas por sujeitos ou assuntos. A melhor maneira para não perder a cabeça perseguindo o passarinho.
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Como sobreviver na era do Twitter - Instituto Humanitas Unisinos - IHU