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04 Dezembro 2013

Em um cenário de extraordinária acolhida e calor, o do Centro de Acolhida e Promoção Cultural Ernesto Balducci, de Zugliano, na Itália, encontramo-nos, exclusivamente para os leitores e as leitoras da Mosaico di Pace, com Leonardo Boff, grande teólogo, um dos pais da Teologia da Libertação.

A reportagem é de Sonia Zuccolotto, publicada na revista Mosaico di Pace, publicação da seção italiana no movimento internacional Pax Christi, de novembro de 2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Dirigimos-lhe algumas perguntas, para esboçar com ele uma reflexão sobre os últimos anos da Igreja e para indicar as novas possíveis perspectivas que se entreveem. Para uma libertação autêntica, das pessoas e dos povos.

Eis a entrevista.

O Papa Francisco é um papa latino-americano, um papa "novo" e próximo das pessoas. O que você pensa dele? Que sonhos ele guarda na gaveta? Quais urgências para a Igreja de hoje?

Eu acho que o Papa Francisco, antes de fazer a reforma da Cúria, começou a trabalhar por uma reforma do papado, porque, normalmente, quando alguém é eleito papa, deve seguir um certo ritual levando em conta todos os símbolos históricos. Deve assumir os símbolos do poder (alguns desses símbolos são expressão do poder supremo ligado à figura do pontífice).

Francisco abriu mão de tudo isso, adaptando o papado às suas convicções e ao seu estilo. O nome Francisco é um emblema, porque é o nome de uma Igreja pobre, de uma humanidade mais simples e aberta a todos, com uma sensibilidade especial pela natureza. Portanto, esse papa está se perfilando verdadeiramente como uma esperança para a Igreja. Certamente ele fará uma reforma da Cúria, mas primeiro deve realizar uma reforma do papado.

Não será fácil, mas ele é inteligente e escolheu outros oito cardeais que, juntamente com ele, estão projetados para esse projeto de uma verdadeira reforma da Igreja. Uma reforma colegial. E essa é outra novidade desse processo, e talvez seja mais fácil assim do que procedendo a organização estrutural com uma comissão interna.

Francisco, porém, também é uma esperança para o mundo – e não só para a Igreja –, porque os seus discursos sobre a paz e sobre a guerra lhe conferem a autoridade de um líder mundial não autoritário, com um grande carisma e uma capacidade de comunicação. Ele sabe conjugar o espiritual com o social, o mundial com o local. É uma promessa e, ao mesmo tempo, uma bênção divina.

Viu-se isso durante o dia de jejum e de oração convocado por ele pela paz na Síria. Foi um gesto que tocou o coração das pessoas e que dá esperança para o futuro. Peço-lhe algumas palavras sobre a Teologia da Libertação. Como e o que mudou hoje e quais são as prioridades do tempo atual?

A Teologia da Libertação nasceu ouvindo o grito dos pobres. Os pobres, os explorados, os dissidentes, os indígenas, as mulheres sob o patriarcado, os discriminados... Esses pobres gritam e se sentem oprimidos.

Contra a opressão, nasceu a Teologia da Libertação. E para nós a libertação faz parte da mensagem cristã, da tradição profética, da palavra de Jesus. Marx nunca foi o pai ou o padrinho da Teologia da Libertação, e nós nunca o "exploramos" nesse sentido.

Hoje, não são apenas as pessoas que gritam, mas também as árvores, as plantas, os animais. A Terra toda grita. Portanto, hoje é preciso considerar que, ao lado da opção preferencial pelos pobres, que é o ponto central sobre o qual nasceu e se desenvolveu a Teologia da Libertação, há o bem mais amplo que é a defesa da Terra.

Agora está se trabalhando em uma grande e forte ecoteologia da libertação, que representa o futuro desse caminho de reflexão a partir da palavra de Deus que está do lado das criaturas oprimidas, os seres humanos e o ambiente natural que nos circunda.

Como você chegou à elaboração de uma teologia que traga no coração a criação? Dos pobres e da luta contra o capitalismo, como chegou a essa sensibilidade ecológica?

Como eu disse, a mesma lógica de opressão que explora as pessoas, as classes, os países, também explora a natureza. Explora a Terra de um modo e em um tempo ilimitados. O que isso quer dizer? Está em curso um processo de apropriação indevida dos recursos da Terra, de devastação do equilíbrio ecológico. É uma lógica "industrialista", de extremo consumismo...

Chegamos ao ponto de sentir os limites da Terra. A Terra agora precisa de um ano e meio para recompor o que lhe subtraímos em um ano. Portanto, o sistema não é mais sustentável. A Terra está doente. A forma com que essa doença se manifesta é o aquecimento global, os eventos naturais extremos que atingem algumas regiões do mundo, as mudanças climáticas. Entendemos que a Terra está ela mesma oprimida e que, como tal, grita. E, assim, abrimos o discurso da Teologia da Libertação também à natureza e à ecologia, incluindo a sua proteção. O planeta Terra é a única casa comum que temos.

O seu pertencimento eclesial foi bastante controverso e difícil. Mas você sempre foi fiel ao Evangelho e à mensagem de libertação dos pobres intrínseco à palavra e à vida de Cristo. Como você vive hoje esses "contrastes"?

Eu tive alguns problemas com o Vaticano e com a Congregação da Fé. Na raiz, havia um livro meu intitulado Igreja, carisma e poder. Esse livro tentava aplicar os princípios da Teologia da Libertação às relações internas à Igreja. Intuía-se bem que a Igreja não respeita tão bem as relações humanas, não coloca os leigos todos no mesmo plano, não aceita a igualdade da mulher. Há uma centralização muito forte do poder, e isso leva a uma espécie de autoritarismo. A Igreja pode falar de forma crível de libertação na sociedade quando ela mesma se abre à liberdade das relações...

Assim, Roma nunca aceitou esses discursos e me criticava dizendo-me que essa abordagem é protestante. Eu sempre disse que é um discurso analítico e cristão. Impuseram-me o silêncio e, depois de alguns anos, queriam impor que eu me afastasse da América Latina. Eu devia escolher entre a Coreia e as Filipinas. Eu disse que o faria. Sou um frei e eu iria. Mas eu também perguntei se lá eu poderia ensinar teologia, escrever e falar livremente. Responderam-me que não, que eu só poderia exercer o ministério e ser missionário. Eu respondi que não poderia renunciar à teologia, porque eu estudo e leciono há 50 anos.

E assim eu tive que renunciar ao sacerdócio e a ser frei franciscano. Mas não deixar a Igreja, mas só uma função que eu possuía antes: a função de padre. Eu continuei trabalhando como teólogo, e vários bispos sempre me acompanharam e me apoiaram, e eu continuo com a teologia que eu amo. Depois de tantos anos, vejo as vantagens de ser leigo, porque eu tenho uma abordagem mais aberta do que muitos sacerdotes. Eu igualmente levo adiante o Evangelho e a mensagem cristã. Agora eu me ocupo muito de ética, espiritualidade e ecologia.

No próximo ano, celebraremos os 40 anos da morte do frei Tito Alencar Lima, violentamente torturado durante a ditadura dos anos 1970 no Brasil. Pode nos traçar um perfil dele?

O frei Tito foi um frei dominicano muito comprometido juntamente com outros dominicanos como o frei Betto, que se opunham fortemente à ditadura militar. Eles tinham elaborado uma estratégia para salvar a vida dos perseguidos que certamente teriam sido torturados e mortos. Faziam com que eles fugissem do Sul do Brasil, através do Uruguai.

O frei Tito era um deles: foi preso, terrivelmente torturado. O torturador lhe dizia que o torturaria de um modo tão brutal e profundo que a sua pessoa, a sua imagem ficariam sempre "dentro" dele. Essa atitude, essa prática violenta é estudada também na psicologia. E o torturador foi bem-sucedido na sua intenção. Assim, quando o frei Tito estava na França, onde chegou como exilado, ele continuava gritando contra os seus torturadores. Até que tirou a própria vida, deixando como herança estas palavras: "É melhor morrer do que perder a dignidade e a vida...".

É um mártir vivo, vítima as terríveis estratégias de tortura aplicadas em muitos países latino-americanos, até tocar a extrema solidão do ser humano. Até tirar-lhe a liberdade de viver. Essa é a maior atrocidade que o homem já conseguiu inventar.


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