Professor instiga estudantes de Teologia a refletir sobre o melhor ofício do mundo

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19 Junho 2013

Inspirado no escritor colombiano Gabriel García Márquez, que definiu o jornalismo como "o melhor ofício do mundo", o professor das Faculdades EST, Roberto Zwetsch, instigou futuros pastores a refletir até que ponto "o ministério da Igreja" é ou também pode ser "o melhor ofício do mundo".

A reportagem é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação -ALC, 14-06-2013.

“Ministro do evangelho pode não ser o melhor ofício, mas ele deve ser aquele que anuncia a boa nova e busca transformar a realidade que o cerca, não se conformando com o que está posto, mas buscando ser nova criatura em Cristo Jesus”, afirmou o estudante Orlando Ribeiro Rodrigues.

Para o grupo, construir e fortalecer a caminhada do povo de Deus é deixar se contaminar pelo inconformismo e, ativamente, anunciar a boa nova na qual estão contidas as pistas para a solidificação de um outro mundo possível.

Os relatos evidenciam o potencial da Teologia em fazer emergir vocações capazes de despertar nos estudantes uma sensibilidade particular, direcionada a enxergar o mundo a partir das lógicas e pontos de vista do outro que procura por amparo no seio da Igreja.

“Quando se fala em servir ou atuar em algum campo social ou eclesial na condição de cristão, tão logo o conceito de ‘profissão’ deveria ser abandonado e ser assumido o caráter de ‘vocação’”, pontuou Juarez Assmann. A Teologia, disse, está desafiada a resgatar as bases e as fontes de uma verdadeira interlocução com o mundo e os seus problemas.

Para os futuros ministros e ministras, o saber teológico exige leituras e reflexão crítica, embora esteja alicerçado também por capacidades e destrezas que não podem ser ensinadas, mas apenas experimentadas.  “A Teologia se aprende fazendo e, se não houver teoria, não haverá prática”, explicou a estudante Rebeca Lahass.

Definido por Balduino Harchibake como um “ofício incompreensível e devorador”, o fazer teológico também representa para estudantes da EST uma paixão insaciável, somente capaz de ser vivenciada por pessoas dispostas a sofrer, a se doar e a correr riscos em favor do anúncio do evangelho e da denúncia das injustiças.